Revogação do ponto facultativo e mudanças no auxílio alimentação geram revolta em trabalhadores da Hemominas e queixas são discutidas em reunião com gestão
A mudança do ponto facultativo na Hemominas motivou reunião virtual na tarde desta quinta-feira (12/11) entre representantes da Fundação, Seplag, Sind-Saúde e comissão de servidores. Em vigor há 7 anos, a portaria que dispunha sobre o ponto facultativo na Hemominas foi revogada em junho deste ano e desde então os servidores que trabalham nessas datas perderam o direito de incluir o expediente como crédito ao banco de horas. Os servidores ainda questionam a falta de isonomia com outros órgãos, que além do banco de horas ainda recebem adicional de 50% nesses dias. A representação do governo na reunião pediu um prazo para buscar uma alternativa e retornar à categoria. Em dezembro, os dias 24 e 31 até o momento estão na regra do ponto facultativo.
A comissão de trabalhadores da Hemominas afirmou que um abaixo assinado dos servidores foi entregue à presidência da Fundação pedindo a revogação da nova portaria. A carta foi lida durante a reunião, leia a íntegra do documento abaixo. Os trabalhadores relataram o clima de revolta que a nova portaria gerou. Segundo os membros da comissão de servidores, a categoria se sente penalizados com a medida que só afeta a Hemominas. “Antes de retirar o direito, deveriam fazer o estudo. Somos mais uma vez prejudicados, é um sentimento de injustiça.”
Outra mudança divulgada recentemente também foi pautada na reunião. Foi anunciado através de um ofício do Comitê de Orçamento e Finanças (Cofin) que a partir de 1º de janeiro de 2121 o auxílio transporte será limitado a duas passagens de onibus e o servidor que faz jus ao direito terá descontado 6% do salário. Mais uma vez a notícia foi recebida com surpresa. A opção de receber o valor junto ao vencimento ou em cartão de ônibus também gerou dúvidas. A Hemominas afirmou que fará uma pesquisa entre os servidores e será praticado a forma que for decidida pela maioria.
A reunião também abordou a necessidade de se fazer concurso público na Hemominas frente ao Projeto de Lei 2.150 que está em tramitação na Assembleia Legislativa e trata da contratação temporária. O diretor do Sind-Saúde Renato Barros informou que esteve presente na audiência pública que discutiu o tema na quarta-feira e defendeu a realização de concurso público na área da saúde, evidenciado ainda mais com as necessidades da pandemia.
O governo informou que tem feito um levantamento do déficit de servidores para buscar uma solução para o problema. Segundo o recursos humanos da Hemominas, a Fundação tem hoje 191 contratados.
Representando os trabalhadores, participaram da reunião os diretores do Sind-Saúde Renato Barros e Ediné Soares, membros da ca comissão de servidores Márcia Caula, Maria Aparecida da Cruz e Sheila Fernandes. Da gestão, estiveram presentes a diretora técnico-científica da Hemominas,dra. Maísa Ribeiro, a chefe de gabinete Maria Isabel, a gerente de recursos humanos Andréa Medrado, a diretora de Planejamento, Gestão e Finanças Dra. Márcia Faria e a assessora-chefe de Relações Sindicais da Seplag Helga Beatriz Almeida.