No Dia Internacional da Não-violência contra as mulheres, Sind-Saúde também denuncia agressões as trabalhadoras da saúde

Na véspera do Dia Internacional de Combate à Violência contra Mulher, estabelecido neste dia 25 de novembro, o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) toma conhecimento de agressão a uma trabalhadora da saúde, no seu local de trabalho, por um paciente com perfil psiquiátrico. Agredida com um soco durante o atendimento, a servidora está em choque. O caso entristece e revolta, mas infelizmente está longe de ser uma situação isolada. Em todas os cargos da área da saúde acumula-se agressões contra trabalhadores, e as mulheres muitas vezes são alvo principais. Técnicas de enfermagem, Agentes Comunitários de Saúde, Enfermeiras, Psicólogas, e tantas outras profissionais da saúde tem relatos de violência que sofreram ou que presenciaram. O Sind-Saúde/MG pede um basta à violência contra as mulheres e exige que governantes pautem políticas públicas que protejam a população feminina e também assegure segurança de trabalho às servidoras da saúde.

As vezes silenciosa, outras vezes escancarada. A violência contra a mulher é uma outra pandemia que vitimiza a população feminina. Em 2020, a data de 25 de novembro, estabelecida como o Dia Internacional de Combate à Violência contra Mulher, é marcada por um ano em que muitas dessas mulheres tiveram que passar mais tempo com seus agressores. As medidas impostas pelo combate à COVID-19, como o importante isolamento social, fez com que mulheres, crianças e idosas ficassem em residências inseguras. O Sindicato se une aos movimentos de combate à violência contra mulher e conclama um grito de basta as diversas formas de agressão às mulheres.

A Organização das Nações Unidas (ONU Mulher) relatou que nos 12 meses anteriores à pandemia, quase 250 milhões de mulheres e meninas, entre 15 a 49 anos, foram submetidas à violência sexual ou física pelos seus parceiros. Só em Belo Horizonte, de acordo com registros da Polícia Civil do Estado, a taxa de feminicídio subiu 200% no primeiro semestre de 2019, em comparação ao ano anterior.


Já em 2020, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) registrou, no primeiro semestre, 648 feminicídios no Brasil, um aumento de 1,9% a mais que no mesmo período de 2019. Outro dado divulgado pelo Atlas Violência 2020 revela que as vítimas de homicídio no Brasil, em sua maioria, são negras (75,7%). Quando verificamos relatórios de países mais perigosos para mulheres, deparamos com o Brasil na 5.º posição como o país em que mais se matam mulheres, de acordo com o Mapa da Violência de 2015, em 2º lugar como país mais perigoso para turistas mulheres.