Marcha 30 horas na saúde
Cerca de 10 mil profissionais da enfermagem estiveram em Brasília nesta terça e presidente da Câmara prometeu encaminhamento
Foto: Wilson Dias / ABr
Enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem e parteiras de todo o país fizeram uma grande marcha em Brasília nesta terça-feira (09) em cobrança pela garantia das 30 horas semanais como jornada máxima para os profissionais de enfermagem, que está prevista no Projeto de Lei 2295/00. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, recebeu representantes da categoria e parlamentares que apoiam o movimento e se comprometeu a definir, na próxima terça-feira (16), a data em que será votado o Projeto, que tramita há 13 anos e já passou pelo Senado.
Atualmente, no setor privado a carga de trabalho da categoria é a da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5452/43), fixada em 44 horas semanais. No setor público, muito estados e municípios já adotam 30 horas.
Técnica de enfermeira há 28 anos, Márcia Valéria ressaltou, que além da grande jornada, o salário da categoria também não é favorável. “A maioria dos profissionais tem mais de um emprego, porque o salário não é bom. Se ganhássemos bem, não precisaríamos disso, ainda mais com essa jornada que nos sobrecarrega. A gente cuida por amor ao ser humano.”
O governo quer excluir da jornada de 30 horas semanais os profissionais vinculados ao Programa Saúde da Família. O outro ponto de entrave é a implantação escalonada da nova jornada, o que não tem muita aceitação entre os enfermeiros.
A redução da jornada de trabalho para 30 horas sem redução salarial é uma das principais reivindicações dos servidores da saúde pública de Minas Gerais e o Sind-Saúde continua cobrando do governo a garantia dessa redução para todos os profissionais da saúde.
Com informações da Agência Brasil e do Portal da Câmara