IPSEMG começa cobrar serviços
Projeto de coparticipação é golpe do governo e tem inicio em janeiro
A proposta apresentada pelo governo relativo à cobrança de coparticipação pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG) pelos procedimentos a serem realizados pelos servidores se torna realidade a partir de janeiro. A coparticipação poderá pegar muitos servidores de surpresa. Uma nota divulgada pelo Governo, afirmou que os procedimentos realizados até o dia 31/12/2013 não serão cobrados. O Sind-Saúde/MG tentou apresentar vários projetos a fim de amenizar esse contrassenso já que grandes taxas de mensalidade já são cobrados pelos servidores, acrescentando mais uma taxa de R$15,00 na parcela seus dependentes.
O Sind-Saúde lutou e se posicionou diante dessa situação defronte ao governo, manifestando essa taxa paradoxal que vai prejudicar numerosamente servidores, que irá consequentemente evitar usar um benefício que na verdade se tornará um grande complicador. Visto que ao assumir esses valores coparticipativos, o IPSEMG entra em contradição com sua ideia original que seria de apoio ao servidor, já que as taxas apresentadas tornarão bases de comparação com os mais variados planos de saúde privativos á venda no mercado. Saúde não é mercadoria.
O grande objetivo da batalha realizada foi a de intervir neste projeto, visando que a grande demanda não se reporta aos servidores, e sim a idealização coerente de que o Estado necessita entrar com capital para melhorias em todo o serviço, evitando o desgaste por parte dos servidores em localizar um serviço precário que se consolida em se manter razoável mediante cobranças injustas.
Prometendo melhorias no atendimento, alvo de muitas críticas, a nota divulgada pelo governo visa ampliar a partir do recolhimento das taxas, como informado anteriormente, que entrará em vigor a partir do dia 01/01/2014. Serão cobrados como descontos diretamente do contracheque, coparticipações em cima de serviços médicos, taxas hospitalares e odontológicos.
Valores
Segundo a nota divulgada pelo Governo, para consultas eletivas a taxa a ser cobrada será de R$8,50. Para consultas de urgência/emergência o valor será também de R$8,50. Assim para exames especiais, que serão cobrados também o valor de R$8,50. Já para terapias, exames e procedimentos simples o valor será de R$3,50. As sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, também não ficam para trás, por cada sessão serão cobrados o valor de R$2,00. Dando seguimento nas internações hospitalares a taxa cobrada será de R$33,00. Sem variáveis, esses valores se seguem fixos para beneficiários de qualquer idade. Nos procedimentos odontológicos as regras seguem inalteradas sobre consulta na Assistência Odontológica disponível no portal do Governo.
Exceção
Os servidores que apresentarem pagamentos igual ou inferior ao salário mínimo federal. Nesse caso serão debitados no contracheque, a quantidade de 70% em cima do valor real de qualquer procedimento efetuado, sendo ele tanto simples, especial, eletivo ou de urgência.
Isentos
Os serviços que se apresentarão dispensados das taxas, serão as sessões de quimioterapia, radioterapia, hemodiálise, pesquisa de sangue oculto nas fezes (para mulheres e homens acima de 50 anos), não serão cobrados. Também serão isentos, os procedimentos, os materiais, os medicamentos, as próteses e órteses que forem utilizados durante uma internação hospitalar. Programas preventivos como mamografia (em mulheres de 40 a 69 anos) e exames para diagnosticar câncer de colo uterino, também serão dispensados das taxas. Igualmente serão isentos as consultas urológicas para homens acima de 40 anos e as consultas ginecológicas para mulheres de qualquer idade. Assim como a quantidade de quatro sessões ultrassons obstétricos a cada 12 meses.
Sem escape, os servidores e seus dependentes irão contribuir com tamanhas taxas que desrespeita a ideia fundamental do IPSEMG. Desta forma o Sind-Saúde segue defendendo a ideia de que o ele será comparado como um plano de saúde qualquer, ao fugir da regra essencial de que o Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais seria um patrimônio aos servidores se os esses valores abusivos não fossem incorporados, ou seja se ele permanecesse sem coparticipação alguma a ser cobrada.
O SIND-SAÚDE REAFIRMA SER CONTRARIO A PROPOSTA DE COPARTICIPAÇÃO.