HOGV volta a ser ocupado
Para não fechar hospital ortopédico da Fhemig, trabalhadores(as) retomam ocupação da unidade
Aconteceu hoje (5 de dezembro), em frente ao Hospital Ortopédico Galba Veloso, um ato público em defesa dos hospitais da FHEMIG . O fechamento do hospital que está marcado para o próximo dia 11, é veementemente repudiado pela população, sindicatos, conselhos de saúde, e pelos servidores, que mostram na resistência a sua recusa em deixar seus postos de trabalho.
A luta do HOGV, que teve seu início no dia 4 de Julho, já soma alguns capítulos de vulnerabilidade causada pela FHEMIG e de resistência como resposta dos movimentos e servidores. Desde então, a Fundação tem lançado todas as formas de ofensiva para intimidar a luta, porém o que se tem percebido é que a cada nova tentativa de desgastar a força de trabalho, as trabalhadores e trabalhadoras se mostram mais resistentes no propósito de defender a unidade e a saúde pública do estado de Minas Gerais.
A manifestação de hoje em frente ao HOGV, contou com a participação de diversos municípios, como Juiz de Fora, Montes Claros, Barbacena e Teófilo Otoni. Pessoas que vieram de longe, não apenas para gritar pela permanência de um hospital, mas também para dizer na voz das ruas que a população está ciente do que isso representa dentro do conjunto de operações de desmonte da saúde pública no estado e em todo o país. Vieram também dizer ao senhor governador, que sendo ele o representante maior do estado, tem por obrigação ao menos se posicionar publicamente frente a um fechamento da unidade com mais leitos ortopédicos na capital.
Além dos movimentos organizados e servidores , vieram também compor a luta, a categoria que representa o maior público atendido pelo HOGV. Dos pacientes acidentados atendidos no Galba Ortopédico, 70% são motociclistas. “Somos 30 mil motociclistas em Belo Horizonte e, se a unidade se fecha, além de deixar de existir o atendimento à categoria, quantas pessoas vão perder o emprego aqui?” Alex Brant, motofrentista, representante do movimento Voz Motofret. O Sindicato dos Médicos também compôs o movimento.
Dentro outros tantos fatos estranhos que ao longo desses cinco meses tangenciaram o fechamento do Galba Ortopédico, hoje, paralelo a manifestação, servidores e servidoras da FHEMIG que não fazem parte da equipe do HOGV, aproveitaram o momento de retirada dos servidores para o protesto e entraram na unidade para, segundo eles “patrimoniar” os equipamentos. Algo comum de acontecer mas inédito pelo fato de se tratar de uma equipe extra HOGV. O serviço em geral, é feito pela própria equipe interna.
A história que desde julho vem sendo mal contada pela FHEMIG, não convenceu aos trabalhadores e nem mesmo a população. Hoje, diante da negligência da Fundação em se pronunciar uma vez mais e colocar as cartas na mesa, as servidoras e servidores do Galba Ortopédico decidiram mais uma vez demonstrar sua resistência na permanência física. Por volta das 13hs do dia de hoje, ocuparam a unidade com a promessa de saída mediante suspenção do fechamento.