Hemominas reivindica isonomia
Com uma pauta emergencial trabalhadores(as) da Hemominas buscam respostas a problemas e reivindicações antigas
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Saúde (Sind-Saúde/MG) e trabalhadores(as) da Fundação Hemominas se reuniram nesta segunda-feira (11/12) com representantes do governo para discutir as reivindicações da categoria aprovada na última assembleia. Entre os pontos de pauta estão o reajuste do vale alimentação e o pagamento deste no 1º dia útil.
Os(as) trabalhadores(as) farão paralisação de 24 horas na quarta-feira (13) em protesto aos atrasos e parcelamento do salários, ausência de previsão de pagamento do 13º salário; pagamentos em atraso do vale transporte e ausência de reajuste do vale alimentação.
Ha mais de 5 anos os servidores convivem com reajuste zero do salário e como se não bastasse acrescentam sucessivos atrasos no auxílio transporte, parcelamento de salários e vale refeição deficitário. “Sem salário e sem dinheiro para o transporte muita gente não está conseguindo ir trabalhar no início do mês” relatou a delegada sindical Stela Brener. Há três meses o auxílio transporte é pago com atraso consecutivos e até o dia 8 de dezembro os(as) trabalhadores(as) da Hemominas não tinham recebido o direito. O representante da gestão na Fundação afirmou que estava negociando com a Seplag a regularização do repasse para acabar com os atrasos no vale, mas nenhuma garantia foi dada.
Os(as) trabalhadores(as) criticaram a falta de isonomia no pagamento do vale-alimentação e reivindicam reajuste de R$20,00 para R$40,00. A subsecretária de Gestão de Pessoas, Warlene Rezende, e o assessor de relações sindicais, Carlos Calazans, afirmaram que está em estudo um reajuste no vale alimentação que deverá ser anunciado após a divulgação do pagamento do 13° salário. Além do reajuste, os(as) trabalhadores(as) cobram o retorno do pagamento em cartão para garantir que ele seja pago no primeiro dia útil de cada mês. O governo afirmou que fará adaptação nos moldes que foi feito na Secretaria Estadual de Saúde (SES) que fez a mudança recentemente. O compromisso foi assumido pelos representantes da Seplag e da Hemominas.
Outra reivindicação dos(as) servidores(as) da Hemominas é a inclusão para a Fundação da gratificação de final de semana. O governo afirmou que fará o cálculo e dará o retorno sobre essa pauta até o dia 20 de janeiro.
Já em relação ao concurso público, os trabalhadores criticam o número de vagas aquém do necessário. Um levantamento inicial havia apresentado um número de 118 cargos vagos, mas a gestão trabalha hoje com apenas 63 novas nomeações. Em alguns setores a informação que circula é que as substituições não atingiram o déficit da força de trabalho. Segundo a gestão, a Hemominas tem cerca de 2 mil servidores e 600 terceirizados.
O Sind-Saúde/MG reforça a convocação para o ato do dia 13 de dezembro para mostrar ao governo e sociedade a insatisfação dos trabalhadores que são responsáveis por quase todo o abastecimento de sangue do Estado.