Gestão Zema na FUNED: Gestão temerária

Medidas e resoluções são publicadas sem que nem mesmo o conjunto do corpo gerencial da instituição seja consultado previamente. Muito menos os trabalhadores que são os afetados por medidas e resoluções burocráticas.

A resolução conjunta com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (SEINFRA) e Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), que objetiva a privatização da Fundação Ezequiel Dias (FUNED) na modalidade PPP (Parceria Público Privada), bem como a resolução conjunta com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG) que a pretexto de tratar de apuração de ponto, objetiva criar um clima de confusão e insatisfação geral, visto que não foi objeto prévio de debate com as chefias de serviço e com os trabalhadores.

Convoca-se o conselho curador para reunião com pauta que poderia ser democrática. Pauta que visa aprovar o organograma do IOM, a função de produzir meio de cultura, visto que a direção do Instituto, assessorias e presidência, querem mostrar serviço ao sinalizar para a privatização do serviço. Sem demonstrar, repetem a cantilena do sacrossanto mercado: é mais barato comprar meio de cultura do que produzir.

No entanto não pautam no conselho CURADOR a necessidade de se fazer mudanças em organograma de outras diretorias que possam objetivar a retomada da produção de medicamentos, praticamente paralisada num momento em que faltam medicamentos básicos para a população. Não pautam no conselho curador as pretensões contidas nas resoluções conjuntas mencionadas acima.

E o principal, não vislumbram pautar no Conselho, junto aos trabalhadores e ao núcleo de governo a reformulação da composição do próprio conselho curador, possibilitando a representação dos trabalhadores junto ao mesmo. Talvez assim o Conselho Curador possa ajudar a instituição a adotar mecanismos de governança, semelhantes ao da Petrobrás, que impeçam que um governador, como o Zema fez, nomeie para a presidência da FUNED um presidente que sequer poderia ter sido nomeado anteriormente para a Vigilância sanitária da SES, devido ao fato de responder um arrojado processo administrativo onde já era demonstrado provas cabais e irrefutáveis de ilegalidades que vieram posteriormente levar a sua demissão a bem do serviço público.  

Também possa talvez copiar os mecanismos de gestão democrática da FIOCRUZ, como a gestão da força de trabalho, eleições para direção e desenvolvimento, ao invés do atual atrofiamento que o governo ZEMA imprime na FUNED e FHEMIG com o objetivo de favorecer o setor privado de saúde.

Assim, dizemos: Basta! Participe da assembleia dos trabalhadores. Vamos defender esta Fundação: FUNED é patrimônio do povo mineiro!