EPI de má qualidade no HRJP
Trabalhadores denunciam má qualidade dos EPIS da Fhemig
Trabalhadores da Fhemig estão denunciando a falta de EPI (equipamento de proteção individual), a falta de liberação para trabalhadores que são do grupo de risco da Covid-19 e entre outras coisas. O Sind-Saúde chegou a se reunir com gestores da Fundação Hospitalar na semana passada para tratar dos assuntos.
Desta vez, a denúncia veio da diretora do Sind-Saúde, Lenir Romani, trabalhadora do Hospital Regional João Penido, em Juiz de Fora. Um vídeo divulgado mundialmente mostra todos os equipamentos necessários que o profissional da saúde deve usar para não correr o risco de ser infectado. Em comparação a esse vídeo, Lenir Romani gravou também um vídeo onde mostra a má qualidade do capote fornecido pela Fhemig. O material é tão ineficaz, que durante o teste que foi feito, colocando uma toalha de papel embaixo do material e jogando água, foi possível ver perfeitamente que o capote não funciona e por isso, corre o risco de infectar esses trabalhadores. Por isso a má qualidade é para muitos procedimentos, principalmente porque mostra claramente que não é impermeável
Na embalagem do capote, a descrição era de textura 40, no entanto é assustador como a agua pôde atravessa-lo e molhar o papel. Isso quer dizer que se o profissional esbarrar numa maca, no paciente, ou em qualquer local que estiver infectado, ele corre um grande risco.
Dentre as vestimentas hospitalares, o capote cirúrgico é uma das principais e também a que cobre maior parte do corpo. Geralmente fabricados com brim ou TNT (tecido não tecido), elas resguardam o corpo do profissional e do paciente ao serem esterilizadas e preservadas assim.
Com diferentes gramaturas e cores variadas, o capote cirúrgico possui também um acabamento variável, manga longa, com elástico, elastec ou malha sanfonada, fechamento nas costas com tiras, botão de pressão ou velcro.
Também chamado de avental cirúrgico, ele possui versões vendidas esterilizadas com óxido de etileno. Ele possui data de validade e é um produto hospitalar de uso único, sem possibilidade de reaproveitamento.
Como todo material utilizado em procedimentos médicos, principalmente os cirúrgicos, é preciso respeitar atentamente as normas de biossegurança e de instrução de uso de cada uma delas. O capote cirúrgico não é apenas uma vestimenta, é um material de proteção para todos os envolvidos em um procedimento.
A Fhemig precisa se pronunciar com relação ao tipo de equipamento que está fornecendo aos seus trabalhadores. O Covid-19 é um vírus que se espalha facilmente, por isso é imprescindível o uso de todos os EPIS, mas é mais necessário ainda que esses equipamentos sejam de qualidade, para que nenhum trabalhador seja exposto ao risco de ser infectado.