CUT e movimentos social e sindical dão grande apoio à greve da saúde
Os movimentos sindical, social e populares estão dando enorme apoio político e financeiro à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde estadual. Nas duas últimas assembleias gerais, dezenas de representantes de sindicatos, movimentos sociais e pastorais compareceram e colocaram suas entidades à disposição para auxiliar a greve. Na noite da última segunda-feira (25), na sede do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG), foi realizada uma Plenária dos Movimentos Sociais, que fortaleceu o coletivo que foi criado para ajudar na sustentação da greve e no enfrentamento ao governo de Minas.
Na assembleia desta quarta-feira (27), os apoiadores estiveram presente e reforçaram todo auxílio necessário à greve da saúde. Definitivamente, os trabalhadores da saúde não estão sozinhos.
Para Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT-MG, o governo de Minas tentou mas não conseguiu enganar os trabalhadores da saúde e tenta, através de muita peça publicitária, enganar a sociedade dizendo que o governo é bonzinho e o sindicato é intransigente. “O caos na saúde pública de Minas Gerais tem um responsável: o governador Anastasia, que se tivesse sido responsável, essa greve teria sido evitada”, disse. Para Beatriz, ações do governo como corte de ponto, intimidação, criminalização do movimento, utilização de força policial e não negociação são ações previsíveis, que sempre são usadas quando os trabalhadores estão fortes e mobilizados.
Plenária
Durante a Plenária, o diretor do Sind-Saúde, Renato Barros, relatou as dificuldades que os servidores e servidoras vêm enfrentando para manter a greve, deflagrada no último dia 14. “Enfrentamos a intransigência do governo, a violência da segurança armada dos hospitais e a truculência de alguns diretores das unidades quando tentamos organizar a escala mínima de atendimento à população. Integrantes do comando de greve foram agredidos no Hospital João XXIII e no Hospital Júlia Kubitscheck. Justificam a repressão dizendo que são ordens do governador. Temos resistido a tudo, às ameaças de corte de ponto e à atuação da Asthemg, que vem fazendo o jogo do governo tentando intimidar companheiros e companheiras”, afirmou Renato Barros.
Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT-MG e coordenadora do Sind-UTE/MG, reiterou a importância da greve dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde para o enfrentamento com o governo do Estado. “A greve na saúde conseguiu o que os educadores só alcançaram com 40 dias de paralisação: pautar a mídia. Bem ou mal, jornais, rádios e TVs falam da greve, que provocou uma reação rápida do governo do Estado. Por isso as ações precisam ser imediatas. Precisamos estabelecer uma linha de diálogo com a população. A criminalização e a judicialização da greve não tardam. Se o governo não fizer isso, alguém vai fazer por ele.”
Jairo Nogueira Filho, secretário-geral da CUT/MG e coordenador do Sindieletro-MG, sugeriu uma rede de sustentação aos moldes do coletivo que apoiou a greve dos educadores educadoras em 2011. “O movimento da saúde vai ser longo e precisamos nos organizar para que ele seja vitorioso. A vitória dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde é fundamental para todos os movimentos sindicais, sociais e populares de Minas Gerais. E esta rede deve ser mantida, pois no segundo semestre outros movimentos vão acontecer.”
Demissões da Cemig
Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG), dos sindicatos da base CUTista e de outras entidades também vão participar das atividades do Sindieletro-MG contra as demissões na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e em manifestações contra o golpe que derrubou o presidente paraguaio Fernando Lugo. Um manifesto conjunto será apresentado nesta quinta-feira durante o 1° Congresso Sindical da OAB, no Hotel Mercure. Os movimentos sindicais, sociais e populares também se unirão num grande ato público na próxima semana.
Com informações da CUT-MG
Plenária dos Movimentos Sociais contou com a presença de representantes de 70 entidades
Apoiadores participaram da assembleia geral realizada no dia 27 de junho