Audiência pública Esmeraldas
Sindicatos vão à Câmara de Esmeraldas em luta unificada para conter retrocessos nos direitos dos/as trabalhadores/as
A direção do Sind-Saúde/MG Núcleo Regional Betim em luta unificada com o Sind-UTE Sub-sede Esmeraldas e SINSERVES, participou no último dia 20 de uma audiência pública na Câmara dos Vereadores do município de Esmeraldas para tratar do parcelamento de salários, suspensão do auxílio alimentação e alterações no recebimento do auxílio transporte. A audiência foi proposta e conduzida pela vereadora Flávia Diniz Leroy a pedido do Sind-UTE e Sind-Saúde, que elaborou a pauta proposta apresentada pela Câmara como medida de amenizar as consequências da crise do município na vida dos/as servidores/as municipais. Na audiência ficou os(as) secretários(as) afirmaram que os valores referentes ao IPVA e o Refiz serão usados para pagar o salário e outros direitos dos servidores.
Até o momento, estão acumulados os atrasos dos pagamentos referentes aos meses de outubro, novembro e benefício natalino integral. Provavelmente, o saldo de dezembro com vencimento no início do próximo mês, deve seguir na mesma linha de atrasos, já que o fechamento previsto para janeiro é da folha do mês de novembro, segundo comunicado do secretário de fazenda presente na audiência pública. Ainda de acordo com o mesmo, a segunda parcela do 13º deve ser depositada antes do final deste ano. A primeira estava prevista para o dia 21 de dezembro e foi adiantada para o dia 18. Nesta sexta (28), foi pago a última parcela do 13º que havia sido dividido em duas vezes. O pagamento do restante do salário de novembro será pago apenas em 11 de janeiro e sem previsão de pagamento do salário de dezembro e janeiro.
Em dezembro, o saldo depositado para cada trabalhador/a foi de R$700,00, que já está incluído os R$150 para auxílio transporte e R$119,00 do auxílio alimentação. O auxílio alimentação referente ao ano de 2017 foi suspenso dos meses de outubro, setembro, novembro e dezembro. Vale ressaltar que esta quitação é referente ao restante do pagamento do mês de outubro e parte do salário de novembro, pagos apenas no dia 4 de dezembro.
Todos os/as vereadores/as e secretários/as presentes fizeram falas sobre a conjuntura do município. Embora todos tenham se mostrado sensibilizados com a situação, pouco se apresentou de soluções imediatas para sanar o problema. Salvo pela fala da procuradora geral do município, que expôs pequenas medidas para diminuir o gasto e aumentar a arrecadação da prefeitura mas que, porém, não tem efeitos imediatos.
A contraproposta dos sindicatos foi de suspensão dos salários do corpo político municipal, e que o recurso encaminhado para o pagamento de salários e benefícios de parlamentares, secretários/as e gestores/as seja destinado para a compensação das folhas que tem saldos menores, ou seja, aqueles/as trabalhadores/as que estão na ponta ganhando um salário mínimo na maioria das vezes.