Assembleia na MOV elege cinco delegados sindicais
No primeiro dia de assembleia dos trabalhadores da Maternidade Odete Valadares (MOV) os trabalhadores debateram sobre a campanha salarial deste ano, a necessidade de revisão da carreira da saúde, as mudanças no estatuto do servidor imposta pelo governo estadual e elegeram cinco delegados sindicais para ajudar na organização da categoria. A assembleia contou ainda com a palestra Saúde do Trabalhador ministrada pela engenheira de segurança do trabalho, Marta de Freitas. Nesta quarta-feira (15/02) será a segunda assembleia na MOV para reunir os trabalhadores de plantão no dia.
Os diretores do Sind-Saúde/MG esclareceram sobre as mudanças no Ipsemg, a redução da jornada para 30 horas na Fhemig, os critérios da Giefs e os direitos trabalhistas negados pelo governo como adicional noturno, insalubridade e periculosidade.
30 horas
O Sindicato repassou a informação dada pela Fhemig que após o carnaval será publicado no Diário Oficial uma resolução com as normas e critérios para a migração dos trabalhadores para a jornada de 30 horas. A Fhemig já antecipou que inicialmente será feito a redução com os trabalhadores da enfermagem e depois com os demais setores. O Sindicato volta a alertar que o governo fará esta redução de jornada com redução salarial e não incorpora os trabalhadores da área administrativa.
Ipsemg
As mudanças no Ipsemg já podem ser percebidas pelos trabalhadores. O governo começou a descontar dos trabalhadores o valor para conjugue. Está previsto para o mês de abril o desconto nos procedimentos médicos que o trabalhador fizer uso no Ipsemg. A diretora Lúcia Barcelos afirmou que o Sind-Saúde é contra esta ação do governo. “Nós questionamos muito essa proposta do governo porque entendemos que quem pagará a conta serão os trabalhadores que recebem os menores salários.”
Saúde do trabalhador
Na palestra sobre Saúde do Trabalhador, Marta de Freitas mostrou dados do relatório da Vigilância Sanitária sobre a Maternidade. Estranhamente nenhuma notificação de acidente de trabalho foi notificada no ano passado. Segundo Marta de Freitas a falta de comunicação de possíveis acidentes prejudica a política de prevenção.
Marta apontou os principais motivos de adoecimento dos trabalhadores da saúde e chamou atenção para a jornada exaustiva e os baixos salários. “Salário é condição de saúde e segurança do trabalhador. Ele não está desconexo, a luta por melhores salários é fundamental nesse sentido” afirmou.
No final, foram eleitos cinco delegados sindicais que passam a ser o elo do Sindicato com os trabalhadores. São eles:
– Ieda Aparecida dos Reis Honorato (farmácia)
– Nelci Maria dos Santos Candeias (banco de leite)
– Maria Iraci de Oliveira Brito (lactário)
– Isabel Cirilo de Araujo (CTI-Neo)
– Francisco de Assis Silva (P.A.)