Agosto lilás: Mês da consciência e combate à violência contra mulher

“Agosto Lilás” é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, instituída por meio da Lei Estadual nº 4.969/2016, com objetivo de intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o necessário fim da violência contra a mulher, divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes.

A violência contra mulheres constitui-se em uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física. Ela é estruturante da desigualdade de gênero. O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking dos países com mais mortes violentas de mulheres, segundo um levantamento do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Não é por menos que o tema é abordado com frequência pela imprensa nacional, ainda mais após sanção da Lei Maria da Penha, em 2006.

A violência atinge mulheres e homens de formas distintas. Grande parte das violências cometidas contra as mulheres é praticada no âmbito privado, enquanto que as que atingem homens ocorrem, em sua maioria, nas ruas. Um dos principais tipos de violência empregados contra a mulher ocorre dentro do lar, sendo esta praticada por pessoas próximas à sua convivência, como maridos ou companheiros, sendo também praticada de diversas maneiras, desde agressões físicas até psicológicas e verbais. Onde deveria existir uma relação de afeto e respeito, existe uma relação de violência, que muitas vezes é invisibilizada por estar atrelada a papéis que são culturalmente atribuídos para homens e mulheres. Tal situação torna difícil a denúncia e o relato, pois torna a mulher agredida ainda mais vulnerável à violência.

Segundo dados de 2006 a 2010 da Organização Mundial de Saúde, o Brasil está entre os dez países com maior número de homicídios femininos. Esse dado é ainda mais alarmante quando se verifica que, em mais de 90% dos casos, o homicídio contra as mulheres é cometido por homens com quem a vítima possuía uma relação afetiva, com frequência na própria residência das mulheres.

Para romper o ciclo da violência, empoderar e alcançar a igualdade, é preciso acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte; nas esferas pública e privada, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos, entre outras medidas.

A sociedade só vai avançar na erradicação das violências contra a mulher quando parar de descredibilizar as vítimas e permitir que algozes sigam a vida naturalmente. Isso não é um problema individual, é um problema social e coletivo.

Violência contra mulher é crime e pode levar a morte. Ajude a combater! Denuncie. Ligue 180