A luta unificou!

Trabalhadores da Saúde decidiram se unir ao funcionalismo contra a reforma da Previdência e contra a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal

13 Assembleia geral


Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira, 13/08, os trabalhadores da saúde decidiram se reunir ao conjunto do funcionalismo mineiro contra a reforma da Previdência e contra a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal com a União. Em troca de três anos de pausa na cobrança da dívida do Estado, a União exige a privatização de três estatais: Cemig, Codemig e Copasa, sendo que o valor arrecadado com a venda das companhias de energia e de água cobrem o pagamento de duas folhas do funcionalismo. O acordo também prevê congelamento de salários do funcionalismo e suspensão de concursos públicos.

Ao longo do dia, os servidores da saúde ficaram mobilizados na Assembleia Legislativa, onde ocorreu a assembleia, e ao final da tarde se juntaram aos demais servidores em caminhada rumo ao centro de Belo Horizonte.

Durante a assembleia, foram lembrados os danos que a reforma da Previdência, agora a ser votada no Senado, poderá trazer para os servidores. Também houve alerta para uma possível Proposta de Emenda à Constituição (PEC) paralela à votação da Reforma que pode tirar a estabilidade do funcionalismo.

A palavra de ordem da assembleia foram a exigência e urgência de união de mobilização da categoria da saúde que o momento exige, inclusive para pressionar os três senadores mineiros, contra a reforma da Previdência.

A sensibilização da sociedade, colocando em debate que os serviços públicos prestados pelos trabalhadores constituem investimento e não despesa e que a redução dos serviços prejudica a população foi outro ponto abordado pelos diretores do Sind-Saúde/MG.

A ameaça das organizações sociais que rondam a saúde pública em Minas Gerais também foi mencionada com a explicação de que a privatização da saúde que elas representam significam precarização do trabalho e encarecimento dos serviços de saúde. No dia 28 de agosto, haverá Audiência Pública na ALMG para discutir o assunto.

Foram denunciadas também a falta de pessoal e a sobrecarga de trabalho na Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) e a necessidade de realização de concurso público na instituição.