Sem proposta, greve é mantida

Trabalhadores estaduais da saúde mantem greve após governo insistir em recomeçar estudos que já foram feitos


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Com 15 dias de greve e sem nenhuma proposta concreta do governo, os servidores da saúde de Minas Gerais não viram outra alternativa se não manter o movimento grevista. A decisão foi tomada em Assembleia Geral da categoria na manhã desta terça-feira (10/06), após tentativas frustradas de avançar com propostas de negociação. Os servidores não aceitam reviver o processo de discussão, que segundo o governo pode durar 3 meses, diante da pauta de reivindicações que contém a maioria dos itens já discutidos e esquecidos na gaveta da gestão.

 

“Já vivemos isso. Não estávamos em greve durante os longos meses de discussão da revisão do plano de carreira e acreditamos que o governo iria ao final apresentar alguma proposta. Foi o governo que nos colocou na greve, agora para sair dela, não podemos acreditar que a proposta é reviver o que já aconteceu”. Essa foi uma das avaliações feitas em reunião com o governo na noite de segunda-feira (09/06).  A falta de definição do governo que convocou o Sindicato para uma reunião sem proposta foi determinante para a categoria manter a greve e intensificar o acampamento em frente ao Hospital João XXIII.     


reunião governo 09


 

Além do acampamento na porta do pronto socorro (HJXXIII), que terá diversas ações para dialogar com a população os riscos da política do governo estadual, os grevistas ocuparam a ALMG nesta terça-feira (10/06), após a assembleia geral, como forma de pressão.


Ocupação almg 10 06 Saude acampamento ps


 

Parlamentares da liderança da maioria e da minoria assumiram um compromisso de intermediarem a abertura de fato das negociações da greve. A decisão do governo, como já era esperada pela categoria, foi de judicializar a greve, mas o tiro saiu pela culatra. Terão que negociar em audiência de conciliação nesta sexta-feira (13/06) às 15 horas no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

 

Vamos convocar toda a categoria para acompanhar as negociações e pressionar o governo. Se este governo não é sério, acreditamos que a Justiça será. A decisão da Justiça cumpre-se. Estaremos orientando todos os trabalhadores dos procedimentos legais que teremos que cumprir, mas muito mais em fortalecer a nossa greve até a nossa vitória.


Vamos à luta!


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