Vigília na ALMG começa 3ª
Trabalhadores irão pressionar por votação do acordo, extensão da GC e reajuste digno
Foto: Lia Priscila/ALMG
Conforme deliberação da assembleia geral da saúde realizada na última quarta-feira (17), os trabalhadores estaduais da saúde irão fazer uma vigília na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a partir das 14:00 desta terça-feira (22) para pressionar pela votação imediata do acordo de greve (Projeto de Lei 3.451/2012), pela inserção de uma emenda que estenda a gratificação complementar para os servidores da SES, ESP e campus da Unimontes e por um reajuste digno para todo o funcionalismo estadual, visto que na primeira data-base o governo ofereceu 0% de reajuste.
A concentração será realizada no andar SE, o chamado “cafezinho”, no interior da ALMG. Os deputados da oposição apoiam as reivindicações do Sind-Saúde e podem obstruir as votações dos projetos de interesse do governo para cobrar respostas do Executivo.
Reajuste digno
Desde o ano passado, quando o governo implementou a famigerada “política remuneratória” com cálculos maliciosos, o Sind-Saúde e algumas outras entidades representativas foram contra e reforçaram que tal proposta iria oficializar o arrocho salarial do funcionalismo público. No ano passado, foi dado somente 10% de reajuste e esse ano, na primeira data-base da história dos trabalhadores do Estado, o governo propôs 0%. Os trabalhadores, obviamente, não irão aceitar esse desrespeito.
Dados do Sindifisco-MG, mostram que a receita de Minas Gerais cresceu R$ 8,6 bilhões e que o governo quer destinar apenas R$ 794 milhões para a política remuneratória.
Acordo de Greve
O Projeto de Lei 3.451/2012 está parado aguardando parecer da Comissão de Constituição e Justiça. Se não houver pressão dos trabalhadores, a tramitação do Projeto, que oficializa o acordo de greve, pode demorar meses.
O Sind-Saúde reivindica que seja feita uma emenda estendendo a gratificação complementar (de 40% do vencimento base a partir de agosto de 2012 e 50% a partir de agosto de 2013) para os servidores da SES, ESP e campus da Unimontes. Mais uma vez, o governo descrimina os servidores desses locais e não age com isonomia de tratamento.
Há também um ponto do Projeto que não estava previsto no acordo de greve: a troca da nomenclatura “insalubridade” para “gratificação de risco à saúde”. O Sind-Saúde teme que isso pode ser uma manobra do governo para enganar os servidores.
Compareça! As vitórias serão do tamanho da mobilização!