Trabalhadores públicos de Betim protestam com apoio da população

Nesta quarta-feira (31/3) os trabalhadores da Saúde, Guarda Municipal e Patrimonial, e da Educação de Betim foram para as ruas do município protestar contra o reajuste concedido pelo governo, de 5% parcelado de duas vezes, uma parcela será paga em abril e a outra somente em setembro.

As reivindicações passam pelo reajuste salarial de 28% para todos os trabalhadores. Além de vários pontos que precisam de discussão e medidas urgentes para melhoria das condições de trabalho e prestação dos serviços a população. A porcentagem reivindicada foi apurada pelo Dieese, sendo referente a inflação e as perdas acumuladas nos últimos oito anos.

O governo municipal, de acordo com o Sind-Saúde Núcleo Betim, não tem mostrado boa vontade para negociar. Por este motivo é alto o nível de insatisfação dos trabalhadores da Saúde com a gestão. Na tentativa de chegar a um acordo com o governo é que os sindicatos Sind-Saúde Núcleo Betim, Sindguarda e Sind-Ute unificaram a luta.

A manifestação com paralisação de advertência reuniu, nesta véspera de feriado, cerca de 600 trabalhadores de Betim na praça do Brasiléia, sendo expressiva a presença da categoria da saúde.

Os trabalhadores seguiram pelas ruas de Betim entoando várias frases de pressão ao governo. Para eles se não houver negociação a Greve pode ser deflagrada. No caminho a população aplaudiu o ato, o que fez os trabalhadores se sentirem tranquilos já que até população apoiou o movimento.

A negociação com o governo

A manifestações foi pacífica. Ao chegar no Centro Administraivo do governo, os trabalhadores entraram e aguardaram o retorno da reunião das comissões de negociação com a gestão. Reunião que foi fruto da pressão destes trabalhadores durante a campanha salarial 2010.

No total foram mais de 2horas de negociação. Para tranquilizar os trabalhadores a cada hora de espera um integrante da comissão saia da reunião e informava, no carro de som, o andamento das discussões.

A gestão se posicionou com o discurso de que já estava no limite da responsabilidade fiscal com as folhas de pagamento. As comissões de negocição pressionaram os representantes do governo e conseguiram marcar uma próxima reunião para o dia 9 de abril, as 9h, no Centro Administrativo.

Os trabalhadores em vários momentos demonstraram a insatisfação com a gestão. A expectativa das comissões de negociação é de que uma outra proposta seja apresentada.

 

Enquanto isso, no Hospital Público Regional

Durante a manifestação uma outra comissão de trabalhadores da saúde se reunia com a direção do Hospital Público Regional na tentativa de solucionar problemas antigos.

O Sucateamento da cozinha do Hospital foi amplamente colocado em questão com depoimentos de trabalhadores do setor. A necessidade de melhorar a estrutura fisica para melhorar o atendimento também foi ponto de pauta.

A direção do hospital informou que existem licitações, mas que ainda não se tem uma data para o término delas. Sobre a falta de utensílios (facas, garfos…) a gestão informou que o Hospital recebe uma verba muito pequena para comprá-los neste momento. Portanto, é preciso aguardar a empresa contratada fornecer estes materiais, o que deve acontecer somente em julho 2010.

Os trabalhadores acreditam ter passado para a gestão toda a insatisfação existente e a necessidade de mudar esta realidade. Eles aguardam uma posição da direção o mais breve possivel, ou podem decidir por uma forma mais radical de pressão para que a diretoria do hospital tenha vontade política de solucionar os problemas apresentados.