Sind-Saúde participa de reunião da Mesa Interna de Negociação da Fhemig

Na última quarta-feira, 24/02, aconteceu mais uma reunião de negociação interna da Fhemig, onde o Sind-Saúde foi representado por seus diretores. Cumprindo as normas de segurança, a reunião aconteceu online e foi coordenada pela Diretoria de Gestão de Pessoas (Digepe).

A maioria dos temas discutidos são de pautas antigas já reivindicada pelo sindicato, que aguardava resposta, visto que sua resolução depende de outras secretarias de governo como Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e Diretoria Assistencial (Dirass). O sindicato reforçou que o intuito da instalação dessa mesa é justamente se criar um meio mais adequado de abreviar o caminho e resolver os problemas com mais eficácia. A forma mais viável para isso é a mediação que pode ser feita pela Diretoria de Gestão de Pessoas (Digepe) quando o assunto não é de sua governabilidade

Dentre as pautas, o ponto mais antigo é sobre necessidade de formalização da Ajuda de Custo. Foi informado que o decreto e a resolução já foram publicados, no entanto o sindicato insiste na questão do que foi modificado dos trabalhadores que cumprem jornada de 20 horas semanais lotados na Fhemig que foram transferidos para a Cidade Administrativa. O sindicato ainda solicita que a Digepe aprofunde nesse assunto, pois não existe concordância nem do sindicato e nem dos trabalhadores.

Reposição da força de trabalho

O sindicato mais uma vez reforça a necessidade de concurso público. A Fhemig informou que o pleito já foi encaminhado à Seplag e aguarda posicionamento desta secretaria. Enquanto isso houve a renovação de contratos até o limite de 6 anos assim como novos processos seletivos para reposição imediata. Reforçaram ainda que não há mais necessidade de cumprimento de período de interstício para se candidatar às vagas quando o contrato não for prorrogado por já estar no limite de 6 anos.

Sobre a segurança das unidades hospitalares, o sindicato reforçou que a luta será permanente pra assegurar a tranquilidade necessária para o exercício da função pública no cuidado à saúde.

Vacina Covid-19

A gestão afirma que o processo de vacinação já está em curso e assegurado para os trabalhadores da saúde. No entanto, ainda não tem resposta acerca da testagem frequente como consta no ponto de pauta.

Carga horária 40 e 30h

Pauta também antiga, porém, a gestão não conseguiu formatar resposta quanto a redução de carga horária de 40 para 30h na vigência de processo de acúmulo de cargos. Reafirmaram apenas da necessidade de que os trabalhadores nessa situação reiterem o pedido e entrem com processo de acúmulo de cargos.

Plantão estratégico

A gestão informou que, para a distribuição dos plantões estratégicos, a norma é sorteio. O sindicato pontuou a necessidade de maior transparência e reforçou que deve haver priorização dos trabalhadores da unidade e que o decreto regulamenta essa forma de remuneração para toda a equipe multiprofissional.

Também foi informado sobre A política de avaliação de desempenho, que necessitará de participação da Seplag e, por isso, será provocada pela Digepe para a próxima reunião.

Afastamento de trabalhadores do grupo de risco

Até o momento não houve mudança na norma. Portanto, o sindicato salienta que o trabalhador precisa investir tempo de férias prêmio e regulamentares para garantir o afastamento. Já o pagamento do abono Covid no mesmo formato da GETESP, requer parecer da Seplag, o que ainda está pendente.

Uma pauta reivindicada por trabalhadores que pode parecer pequena pra gestão, é sobre o fornecimento de café no horário noturno. A gestão alega que o fornecimento não consta no contrato, mas que tentará solucionar a situação que, do ponto de vista do sindicato, requer apenas vontade política.

Novos pontos acrescentados na pauta

Os novos pontos foram discutidos e as respostas serão apresentadas na próxima reunião. Um deles é que o sindicato solicitou o quantitativo que leve em consideração os respectivos Cid 10 de adoecimento dos trabalhadores. A justificativa é subsidiar estudos qualitativos que mostrem quais doenças mais tem acometido os trabalhadores na vigência da pandemia.

Problemas estruturais do CTI do Hospiral Júlia Kubitschek

Recentemente foram inaugurados 40 novos leitos na unidade e há relatos de que o estado é de total estrago. Alguns trabalhadores do HJK participaram da reunião e relataram as condições do setor. A gestão irá agendar uma vistoria junto ao sindicato e ao DEER que foi o responsável pelas obras ainda em garantia.

Os demais pontos foram referentes ao hospital João Penido em Juiz de fora.

Um deles é sobre a necessidade de transparência no contrato firmado junto a empresa DAVITA que presta serviços de hemodiálise. O sindicato já solicitou cópia do contrato tanto à direção da unidade quanto a gerência de contratualização que está sitiada na Administração Central. Até o momento não houve retorno. O questionamento principal é que parte da equipe multiprofissional atualmente tem sido fornecida pela própria unidade.

Outra situação abordada é sobre o déficit de médicos clínicos sendo denunciado que a gestão tem feito remanejamento de outras clínicas para suprir a demanda. Nem a equipe e nem o sindicato concordam com esse formato de resolução, já que isso pode aumentar o custo para disponibilização do serviço. Além disso, o deslocamento de profissionais especialistas causa um aumento nas filas de espera.

Sobre o pagamento de insalubridade grau máximo, foi justificado já que a unidade é referência no tratamento do Coronavírus. A gestão solicitará os laudos periciais junto a GSST para subsidiar os debates sobre o pleito.

O último ponto referente a esta unidade é sobre a renúncia da diretoria clínica da unidade. A Digepe justificou ter tido dificuldades para realizar a eleição devido o período de pandemia.