Servidores municipalizados e trabalhadores da saúde e da educação de BH promovem paralisação e protesto

Servidores públicos municipais de Belo Horizonte paralisaram suas atividades nesta quinta-feira, 30 de setembro, e promoveram uma grande manifestação na portaria principal da Prefeitura. Os manifestantes cobraram o cumprimento por parte dos vereadores e do prefeito de acordos conquistados nos dois últimos anos. Trabalhadores da área da saúde e da educação e representantes de vários movimentos sociais e populares de Belo Horizonte participaram do ato, que se iniciou às 9 horas da manhã e ocupou parte da Avenida Afonso Pena. O Sind-Saúde/MG e a CUT prestaram apoio à manifestação e levaram representantes e servidores municipalizados.

Dentre os acordos descumpridos, foi destacado o reajuste do salário dos servidores do município, que está determinado pelo Projeto de Lei 1174. Publicado em junho de 2010, o Projeto ainda não foi votado na Câmara. Na semana passada, a sessão extraordinária em que se efetivaria a votação foi suspensa por falta de quórum, pois 21 vereadores estavam envolvidos em campanha eleitoral. Esse projeto do Executivo garante reajuste aos servidores e empregados públicos da administração da Prefeitura de Belo Horizonte e também dispõe sobre jornada de trabalho, carreira, regime de plantão, abono e incorporação. Em teoria, os municipalizados da Secretaria Estadual de Saúde também são contemplados.

Os manifestantes ressaltaram que a morosidade na votação de projetos de lei é um dos vários fatores que demonstram o descaso que a administração tem tido com os trabalhadores belorizontinos. O diretor do Sind-Saúde/MG, Renato Barros, reforçou esse descaso lembrando que muitas das reivindicações já deveriam ter sido cumpridas pela Prefeitura. “É lamentável ter que vir para rua cobrar o cumprimento de direitos que já haviam sido acordados”, disse. O presidente da CUT/MG, Marco Antônio de Jesus, também considerou como absurda a necessidade de se ter que fazer duas lutas: a primeira para conquistar os acordos, e a segunda para cobrar o cumprimento dos acordos. “O prefeito não tem preocupação com a saúde, com a educação e com a segurança, ele não serve para Belo Horizonte”, concluiu Marco.

Os servidores públicos municipais ressaltaram que se na semana que vem, após as eleições, o projeto de lei que trata do reajuste não for corrigido e aprovado, novas paralisações e manifestações serão realizadas. A cobrança é para que o reajuste seja recebido ainda na folha de outubro.

Confira abaixo algumas fotos da manifestação dessa quinta-feira, 30 de setembro, na porta da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte:

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