HJK: Fhemig pede 40 dias para resolver crise da Maternidade




Plano apresentado ainda não soluciona todos os problemas

Representantes do governo apresentaram um plano de soluções para a crise do Hospital Júlia Kubitschek (HJK) em reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS-BH). O presidente da Fhemig, Antônio Carlos Martins e a subsecretaria de gestão de pessoas da Seplag, Fernanda Neves limitaram-se na tentativa de resolver a falta de médicos pediatras e planejamento de obras para melhorar a infraestrutura.

 

 

  Também estiveram na reunião que aconteceu na última quinta-feira (19/01) o diretor do Hospital Henrique Timo, os representantes do Conselho do Júlia, Neuza, Vera e Francisca e trabalhadores do HJK. O prazo de 40 dias para resolver a falta de médicos informado pelo presidente da Fhemig foi considerado longo demais pela maioria dos presentes que também pediram mais ações para solucionar a crise. A maternidade diminuiu quase 80% do atendimento.   

  Contemplar a multidisciplinar da saúde foi uma das exigências dos trabalhadores feitas aos representantes do governo. Os trabalhadores aproveitaram o momento para pedir a revisão da carreira de todos os servidores da saúde, mais investimentos na infraestrutura e valorização da força de trabalho. “O problema do Júlia está na força de trabalho e as soluções devem ser ampliadas para todos os segmentos de trabalhadores. A saúde é multidisciplinar e deve ser discutida como um todo” afirmou Renato Barros, diretor do Sind-Saúde/MG.

   Renato também criticou a centralização das decisões na Seplag. Segundo ele, essa forma como o governo estadual atua inviabiliza a resolução dos problemas. A falta de autonomia dos gestores do SUS também foi a critica do Secretario da Mesa de Negociação do SUS, Roger Carvalho.

 

Plano da Fhemig 

    Para solucionar o problema, a Fhemig apresentou a nomeação de 9 pediatras e a transferência de mais um para suprir a demanda médica. Segundo o presidente da Fundação, com esta ação não terá mais falta de pediatras na Maternidade. Outras medidas para os médicos foram apresentadas: revisão da carreira; extensão da jornada de trabalho para os médicos que solicitaram; incorporação da gratificação complementar de 20,7% no vencimento básico; processo seletivo em andamento; readequação do valor do plantão estratégico; novo concurso público (prazo para edital: 27/03/2012).

   Questionada sobre a falta de solução para o restante dos trabalhadores, Fernanda Neves disse que irá tratar das demais categorias em reunião no dia 07/02 com o Sind-Saúde/MG.

 

Infraestrutura

   O presidente da Fhemig afirmou que estão destinados R$ 10 milhões para as obras no HJK apenas para este ano. Entre as melhorias previstas no plano estão:

 

• Reformas de 4 alas (G, C, F, A);  

• Reforma do Ambulatório da policlínica;

• Reforma do Laboratório;

• Reforma do SND e refeitório;

• Reforma do vestiário do 1º e 2º pavimento;

• Reforma da endoscopia e BC ambulatorial;

• entre outros.

  A infraestrutura do HJK é alvo de constantes denúncias e o SInd-Saúde/MG apresentou documentação que demonstra a precariedade das condições do Júlia ao Ministério Público, Conselhos, deputados e ao próprio governo.

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Diretores do Sind-Saúde/MG e trabalhadores do Júlia compareceram para discutir propostas