Greve na saúde

19 de abril de 20163 de fevereiro de 2021 Imprensa

Segunda-feira (25) inicia movimento grevista em todo o Estado

Trabalhadores(as) da saúde de Minas Gerais aprovaram greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (25/04). A decisão foi tomada em Assembleia Geral realizada na Cidade Administrativa (CAMG) na manhã desta terça (19), após resultado frustrado da negociação com o governo estadual. A contraproposta apresentada pelo governo, ao final de quase três horas, foi rejeitada pela categoria por não significar compromisso real com a implementação da redução da jornada de trabalho, sem prejuízo dos salários.

Um comando de greve será formada para organizar a categoria em cada local de trabalho. Em assembleia, os(as) trabalhadores(as) definiram que na manhã do primeiro dia da greve, a mobilização irá acontecer nas unidades da saúde e às 14 horas haverá concentração na Assembleia Legislativa (ALMG). Em seguida, os trabalhadores da saúde farão passeata pelas ruas da cidade para chamar atenção da sociedade para as pautas de reivindicações da saúde.

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Frustração com proposta do governo

Depois de quase um ano e meio de espera para redução da jornada para 30 horas semanais – compromisso assumido pelo governo –, os(as) trabalhadores(as) aguardavam uma data para início da implementação. Ao contrário, em reunião desta terça-feira, o governo afirmou não ter previsão para implementar a redução da jornada de trabalho. A reunião iniciou sem nenhuma proposta do governo e a falta de negociação foi duramente rechaçada pelo Sind-Saúde. Ainda sem demonstrar abertura para iniciar a implementação das 30 horas, ao final da reunião o governo entregou uma contraproposta. Segundo o documento, a nova jornada estaria condicionada a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O argumento de constrangimento legal não foi aceito pelos trabalhadores.

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A redação do documento flexibiliza também a jornada de 30 horas, admitindo uma jornada que possa ser maior do que a reivindicada pela categoria. Outros pontos da pauta específica foram incluídos na proposta como estratégia de inchar o acordo firmado. Em relação a isto, o Sind-Saúde esclarece que as reivindicações específicas configuram um avanço histórico para parcela da categoria que foi durante anos discriminada pelo governo, porém não contempla a maioria dos(as) servidores(as). As três reivindicações prioritária não recebem atenção do governo: reajuste salarial, revisão da carreira e a redução da jornada de trabalho. (veja abaixo a íntegra da proposta entregue pelo governo nesta terça)

Durante a assembleia, os(as) trabalhadores(as) demonstraram impaciência com a enrolação do governo e reafirmaram o movimento grevista. O Sindicato convoca toda a categoria para fortalecer o movimento e pressionar o governo a tirar do papel o compromisso assumido com a redução da jornada de trabalho de 30 horas semanais, sem prejuízo dos salários, com cronograma de implementação.