Crise da dengue

O governo de Minas – um dos grandes culpados pela epidemia dengue – tenta tirar o corpo fora


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Depois de três adiamentos e com atraso de pelo menos dois meses com relação ao auge da epidemia de dengue, enfim foi realizada audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para debater “o expressivo aumento da incidência de dengue no Estado, bem como as medidas necessárias para o enfrentamento da epidemia”.

O governo, mais uma vez, tentou fugir da responsabilidade e culpar o vírus 4, o clima adverso e as trocas de gestões nos municípios, mas os diretores do Sind-Saúde ressaltaram a grande parcela de culpa do governo de Minas, que não tomou as medidas preventivas necessárias, não investe o mínimo constitucional na saúde, não valoriza os trabalhadores e não tem ações amplas e efetivas de saneamento básico. A grande parte das prefeituras, além disso, sequer tem regularizada a situação jurídica dos principais combatentes da dengue –  os Agentes Comunitários da Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) – que amargam péssimos salários e condições de trabalho, possuem vínculos precários e não possuem Plano de Carreira e vários outros direitos.

Em sua fala, o diretor do Sind-Saúde, Renato Barros ressaltou a necessidade de haver políticas de estado para valorizar e dar estabilidade aos trabalhadores, sobretudo aos ACS e ACE. A diretora Lionete Pires também ressaltou a ilegalidade de vários e vários prefeitos, que não cumprem a lei e não regularizam o regime jurídico dos agentes (veja vídeo abaixo da fala da diretora). O secretário estadual de saúde, Antônio Jorge disse que o governo defende a regularização de tais servidores e a estabilidade dos servidores da saúde.