Conjunturas estadual e municipal

Segunda mesa discute orçamento do Estado e situação de servidores municipais 


Tarde congresso 1


 

Na segunda mesa do 8º Congresso do Sind-Saúde/MG os participantes debateram sobre a política financeira do governo estadual e os entraves que trabalhadores da saúde dos municípios enfrentam com as prefeituras.
O orçamento do governo estadual tem uma taxa de impostos excessiva que onera os mais pobres e o uma inversão na prioridade de investimento quando o social fica em segundo plano em relação a despesa com capital. Essa foi uma das posições apresentadas pelo ex-presidente do Sindifisco/MG e auditor fiscal, Lindolfo Fernandes, que compôs a segunda mesa de debate do Congresso na sexta-feira (14).

Lindolfo apresentou os números da receita e despesa do governo, com base na revista publicada pelo Sindifisco (veja aqui). A crítica ao choque de gestão foi colocada por Lindolfo que chamou atenção dos trabalhadores para a estratégia do governo de tentar arrochar os salários ainda mais este ano. Segundo ele, em ano de eleição, muitas vezes os investimentos são repassados a municípios com objetivo de ganhar aliados eleitorais, o que tira ainda mais recursos da folha e de áreas sociais.

Substituindo a presidente da CUT-MG que justificou a ausência no Congresso, Denise Romano chamou a unidade das categorias, sobretudo a saúde e educação que “são as maiores categorias, as mais exploradas e com piores remuneração”.

O diretor do Sind-Saúde/MG, Renato Barros, aproveitou o momento para fazer um avaliação da difícil relação dos servidores da saúde com o governo estadual. Renato falou das práticas do governo para impedir a organização dos trabalhadores, como a perseguição de lideranças sindicais e o corte de ponto.

Municípios
Um ponto de bastante interesse dos delegados do Congresso foi as questões que relacionam aos trabalhadores municipais. O cenário apresentado pelo advogado do Sind-Saúde/MG, Vinícius Vieira Pinto, mostra o tamanho da luta dos núcleos do Sindicato.

De acordo com Vinícius, a maioria dos servidores nos municípios tem desrespeitados direitos trabalhistas. As prefeituras, de acordo com a atuação do advogado, mantêm contratações temporárias e precárias. “Isso é mais uma justificativa dos gestores para colocar quem querem ou para não pagar os direitos garantidos. Muitos não recebem 13º salário, não tem Equipamento de Proteção Individual (EPI) e tem aqueles que não tiram férias há mais de 10 anos” contextualizou Vinicius.

Na abertura para debates, muitos delegados colocaram questões como a falta de regulamentação dos Agentes de Combate à Endemias (ACE) e Agentes Comunitário de Saúde (ACS); atuação dos conselheiros de saúde e a cobrança de atendimentos no Ipsemg, no caso dos servidores estaduais.

 

Fotos: Taís Ferreira

Tarde congresso 2

Tarde congresso 3

Tarde congresso 4

Tarde congresso 5

 

  Tarde congresso minuto de silêncio

Ao final da segunda mesa, foi feito um minuto de silêncio em lembrança de lideranças do Sind-Saúde/MG que faleceram no último ano. Os delegados do 8º Congresso do Sind-Saúde relembraram e homenagearam Valdisnei Honório da Silva, Durval Barros e Kled’neia Martins Borges.