Sindicato visita a MOV

 

Sindicato convida controle social, parlamentares, gestão e trabalhadores a se comprometerem

com a busca por melhorias na MOV.

O Sind-Saúde/MG, atendendo ao apelo dos trabalhadores e trabalhadoras da Maternidade Odete Valadares, convocou no dia de hoje (28/03), uma reunião para discutir a situação vivenciada pela unidade. A grande participação dos servidores, lotou as cadeiras do “Nepinho”.

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O encontro foi para discutir os graves problemas que, neste momento, abalam as estruturas da maior maternidade pública do estado de Minas Gerais, e alinhar um posicionamento de reinvindicação sem perder de vista o contexto de desmonte da saúde pública em curso. O Sind-Saúde/MG uniu-se aos trabalhadores para defender a forte necessidade de manutenção da unidade, assim como chamou a atenção para a forma perversa como tem sido sucateados os serviços públicos de saúde visando lotar as cadeiras das clínicas particulares e convênios, em detrimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

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Ironicamente, no dia em que a maternidade comemorou seus 63 anos de existência (na última segunda-feira), a repercussão da unidade nas mídias locais não poderia ter sido mais negativa. Denúncias referentes a danos estruturais e à invasão de formigas na UTI neonatal, foram as principais notícias a respeito da MOV. Delação esta confirmada pelos trabalhadores na reunião de hoje (quarta-feira), mas que somada a outras também trazidas por eles, convidam a analisar a negligência sob a ótica da real intenção de dissolver a saúde pública e, mais do que isso, o nosso direito constitucional à saúde.

Foi denunciado o esvaziamento dos setores que culminaram na diminuição da prestação de serviços que antes eram específicos da unidade. Segundo os trabalhadores, a significativa alteração no perfil de público recebido na MOV nos últimos anos, tem distanciado a maternidade da sua missão primordial que sempre foi de “Prestar assistência integral à saúde da mulher e ao recém-nascido[…]”. A maternidade, que é referência no nascimento, acolhe hoje uma quantidade indiscriminada de homens nas suas UTIs, que são atendidos pela equipe que, dentro do SUS mineiro, tem maior expertise no atendimento à mulher e ao recém-nascido.

Como encaminhamento, o Sind-Saúde/MG agendou, para a próxima segunda-feira, às 15h, um encontro ampliado entre trabalhadores, conselhos de saúde, municipal e estadual, e gestores da FHEMIG para debaterem a situação. Além das representações já confirmadas, também serão convidadas para a discussão as comissões de saúde da CMBH e ALMG.

Aproveitamos o ensejo para parabenizar os trabalhadores e trabalhadoras que, ao longo destes 63 anos de forte atuação da MOV, tem se dedicado com tanta sensibilidade à saúde da mulher mãe e ao nascimento.