Sindicalistas criticam falta de transparência nas contas do Ipsemg

Representantes dos servidores públicos também cobraram a realização de uma auditoria independente para apurar a verdadeira situação financeira do instituto

Servidores públicos e Sindicatos representantes do funcionalismo estadual reclamam da falta de transparência do governo sobre a situação financeira e o desmonte do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg). A crítica em relação a dificuldade de acesso sobre essas informações foi feita durante debate público ao longo desta segunda-feira (04/11) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Participantes e parlamentares de oposição também questionaram as consequências do Projeto de Lei (PL) 2.238/24. De autoria do governador, o projeto atualiza os valores mínimo e máximo descontados dos beneficiários do Ipsemg para acesso à assistência médica, hospitalar, farmacêutica e odontológica e propõe a venda de imóveis pertencentes ao instituto.

A proposta do governo é aumentar o piso de contribuição de R$33,02 para R$60,00 e o teto também subiria de R$275,15 para R$500. O texto também cria uma contribuição adicional de 1,2% para usuários acima de 59 anos e acaba com a atual isenção de dependentes de até 21 anos.

A deputada Beatriz Cerqueira, autora do requerimento para a realização do debate, reforçou as críticas contra alíquotas trazidas no projeto e frisou que o PL do Executivo chegou à ALMG sem um demonstrativo de seus impactos financeiros e sem um plano de retorno aos beneficiários.

Também foi denunciado a falta de transparência dos dados públicos referentes ao Ipsemg e a venda de imóveis do órgão sem auditoria prévia e sem clareza sobre a destinação dos recursos.

Veja as falas da diretora do Sind-Saúde sobre os impactos do PL para os servidores: