Salve o Galba Ortopédico

Gestão admite: não há determinação judicial para fechar a Unidade Ortopédica Galba Ortopédico

Povo 2

Não existe nenhuma determinação da Justiça obrigando o governo a fechar a Unidade Ortopédica Galba Velloso, como sustentam os gestores da Fhemig.  A declaração é do próprio presidente da Fundação, Tarcísio Dayrell, que falou rapidamente com os trabalhadores na manhã de hoje, 1º de agosto, durante ato de protesto dos servidores contra o fechamento da unidade na porta da Fhemig. Cerca de 400 trabalhadores de diversas unidades da Fundação, além de várias entidades que apoiam o movimento estiveram na porta da sede da Fundação. Tarcísio Dayrell se encontrou com os trabalhadores após reunião com a Mesa Diretoria do Conselho Estadual de saúde que, a pedido do Sind-Saúde, acompanhou a conversa do presidente com os trabalhadores.

Presidente Tarcísio Dayrell da Fhemig


A declaração do presidente da Fhemig fortalece ainda mais a luta dos trabalhadores da UOGV que vão marcar ponto no trabalho amanhã, 02/08, dia marcado pelo governo para que eles fossem transferidos para outras unidades. “Vamos fincar pé no Galba Ortopédico. Não sairemos de lá e não permitiremos o fechamento de nenhuma unidade de saúde”, foi a palavra de ordem dos trabalhadores ao final da assembleia desta terça-feira. O ato também contou com a presença dos dois sindicatos dos motociclistas e vários trabalhadores desta categoria que foram enfáticos em afirmar que continuaram nessa luta junto aos servidores da saúde e não permitiram o fechamento dessa importante unidade hospitalar e de nenhuma outra.

Pessoas de fora da Fhemig

Na próxima quinta-feira, 03/07, haverá reunião com os gestores da Fhemig, mesa diretora do Conselho Estadual de Saúde, promotoria e Sind-Saúde, além do deputado estadual Rogério Correia, 1º secretário da mesa diretora da ALMG, e do deputado estadual dr. Jean Freire, membro da comissão de saúde da Assembleia Legislativa.

 Diante da inércia da gestão para resolver os problemas da unidade, os trabalhadores e trabalhadoras, em conjunto, decidiram por formar uma Comissão que levará os dados técnicos e serão apresentados durante a reunião do dia 03/07. A intenção é mostrar, mais do que tudo, que a unidade é sim viável e sustentável no que tange a assistência prestada à população de todo o Estado de Minas Gerais, seguindo o principio do SUS que garante assistência pautada na integralidade, igualdade e equidade.

Cabe ainda lembrar que “a saúde é um dever do Estado e um direito de todos.” Acreditamos todos que algo que não está ainda em pleno funcionamento devera sim ser otimizado e não fechado como é a proposta apresentada pelo governo.

Para  o Sind-Saúde, se o governo fechar os 86 leitos do Galba Ortopédico, é certo que essas vagas terão que ser abertas no setor privado, o que representa a inadmissível terceirização do serviço público de Saúde. 

Terceirizar o serviço da saúde pública é algo inadmissível, pois saúde não é mercadoria.