Reunião na Promotoria de Justiça discutiu más condições de trabalho no Hospital Júlia Kubitschek

Com mediação da Promotora de Justiça de Direitos Humanos, Dra. Célia Beatriz Gomes, os representantes dos trabalhadores do Hospital Júlia Kubitschek (HJK) e os representantes da gestão da unidade e da Fhemig debateram sobre as más condições de trabalho do Hospital e acordaram criar uma comissão de servidores e gestores para avaliar continuamente os problemas pendentes. A reunião foi realizada nesta quinta-feira (20.10) no gabinete da Promotora.

Diretores do Sind-Saúde e trabalhadores do Hospital relataram inconformidades que são observadas no dia-a-dia da unidade, como roupas sujas e atrasadas, guichê sem banheiros, más condições da alimentação e inexistência de alvará sanitário. O diretor-geral do HJK, Henrique Timo Luz e o procurador-geral da Fhemig, Júlio César Pinto responderam a alguns questionamentos, mas os servidores relataram que a prática não condiz com muito do que os gestores afirmam, sendo necessárias observações e alterações que respeitem os relatos dos servidores.

O diretor do Sind-Saúde, Renato Barros ressaltou que muitos dos problemas que estão sendo discutidos hoje já foram relatados em 2007, quando o Sindicato inclusive apresentou documentos que comprovavam as inconformidades. Para reforçar esses problemas que continuam, o diretor entregou à promotora vários documentos, dentre eles um relatório da Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde que confirma as ruins condições da unidade.

Lavanderia
Segundo os servidores do HJK, após a terceirização do serviço de lavagem e passagem das roupas utilizadas no hospital, o serviço piorou significativamente. “Muitas roupas chegam sujas, com esparadrapo colado, com partes rasgadas, com uma hora de atraso. E só os lençóis que chegam passados”, disse um servidor do setor de urgência obstétrica do Hospital.

Comissão
Como os gestores afirmaram que todos os problemas eram monitorados, os diretores do Sind-Saúde propuseram a criação de uma comissão para acompanhar esse monitoramento. A comissão seria formada por representantes dos trabalhadores e da gestão. A promotora ressaltou a importância dessa comissão e o procurador da Fhemig se comprometeu a levar a proposta ao presidente da Fhemig, que não compareceu à reunião.

Outros pontos
Como não houve acordo sobre os problemas relatados, a promotora Célia Beatriz converteu o procedimento preparatório em inquérito civil. O Sind-Saúde espera que os demais pontos que envolvem condições de trabalho nas unidades possam ser resolvidos nas negociações com a presidência da Fhemig.  As reuniões têm que ampliar para que sejam solucionados todos os problemas identificados pela Vigilância Sanitária, pelo Sindicato e pelos trabalhadores.

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