Programa de Apoio Superendividados
Programa de Apoio Superendividados encerra primeira turma do curso de Saúde Financeira
Aconteceu na última terça-feira, 22, no auditório da Escola do Legislativo da Almg, o encerramento do curso de Saúde Financeira, que foi iniciado o módulo I em junho deste ano. O programa foi criado pelo Sind-Saúde em parceria com o Procon Assembleia e apoio da Secretaria de Saúde (SES), Seplag e Secretaria da Fazenda (SEF), após uma pesquisa realizada pelo sindicato durante dois anos, que apontou que o perfil dos servidores do sistema estadual saúde superendividados era crescente, pulverizado e pior: consumia uma margem altíssima dos salários e até outros benefícios como o vale transporte.
O curso que teve três módulos, teve sua primeira turma formada por mais de 65 de servidores, neste mês. Uma servidora do estado demonstrou bem o sentimento e a iniciativa do programa. Segundo ela, a iniciativa foi em prol de resgatar a dignidade do trabalhador, e devolver a vontade de viver para aqueles que entraram no endividamento. Diversos servidores demonstraram o mesmo sentimento, de gratificação e contentamento com o resultado do programa.
O programa mostrou ferramentas e ensinou formas para que as pessoas tenham o controle de sua vida financeira, trazendo conteúdos diversos que possibilite um autoconhecimento da motivação e as consequências de se ter chegado a situação em que elas se encontram.
Para a diretora do Sind-Saúde, Núbia Dias, foi uma experiência muito boa ter participado e acompanhado o terceiro módulo do curso. “Foi uma energia muito positiva participar desse terceiro módulo, as pessoas participaram ativamente. Esse programa foi idealizado há dois anos atrás, a partir de um estudo, onde foi constatado o alto índice de superendividamento dos trabalhadores da saúde”, destacou a diretora.
Como idealizadora do programa, Núbia destaca que não apenas a economia é importante, mas também garantir que apenas 30% da remuneração líquida seja descontada como cumprimento da legislação. Ela explicou também que o programa tem três pilares. “Temos a renegociação com os bancos e tem a questão da saúde financeira do servidor. É obrigado a participação do curso. Mas também tem o terceiro pilar que é não poder pegar crédito consignado pelos próximos dois anos, porque se a pessoa continua pegando empréstimos a bola de neve não acaba” ressalta Núbia.