Organização em Crucilândia

Trabalhadores da Saúde do município solicitam reunião com o Sind-Saúde/MG para se organização da classe

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Aconteceu ontem, 05/02, na cidade de Crucilândia, micro região de Betim, uma assembleia geral com trabalhadores municipais de saúde, com a participação de representantes da Diretoria Estadual do Sind-Saúde/MG. O objetivo da reunião foi levantar as demandas e as necessidades dos sócios sindicais daqueles trabalhadores.

No inicio das atividades foram explanados a todos como surgiu o Sindicato na década de 80, as lutas empreendidas e a importância da organização sindical no cotidiano dos trabalhadores e a valorização da luta coletiva.

Os diretores Eni Carajá e Zilar Fernandes representaram o Sind-Saúde/MG na assembleia e tiveram a oportunidade de escutar as proposições e analisar as dificuldades apresentadas. Toda demanda passada pelos trabalhadores aos diretores do Sindicato fazem parte de um conjunto de problemas  também alegados pelos Prefeitos e Secretários de Saúde.

“Não podemos atuar como meros opositores das administrações públicas, pois a legislação serve para os dois lados. Temos que atuar de forma criativa e em processo de negociação para apontar caminhos que solucionem os pontos de pauta a serem protocolados na gestão”, afirmou Eni Carajá.

Dentre os diversos problemas apresentados pelos trabalhadores está a falta de técnico em enfermagem nas equipes de saúde da família, pois só existe lotação desses na unidade de urgência, acarretando aos enfermeiros o papel de substituição e sobrecarregando os profissionais que já são escassos, além do não pagamento do Piso Salarial legal aos Agentes Comunitários de Saúde.

Existe a alegação distorcida, por parte da prefeitura de Crucilândia, que no edital que definiu o ingresso dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) e dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) está descrito que o piso destes trabalhadores é de R$780, porém, essa afirmação é uma afronta à Lei Federal 12.994/2014, que define o piso salarial dos agentes de saúde em R$ 1.014.

Junto a todos os problemas, os trabalhadores do município não recebem o adicional de insalubridade ou de periculosidade, a prefeitura ainda não mapeou os riscos no ambiente de trabalho, o Fundo de Garantia não é depositado, o banco de horas está saturado devido a falta de pessoal, o pagamento de 1/3 das férias geralmente são esquecidos na quitação junto aos salários, não há Plano de Carreira, Cargos e Salários e ainda falta insumos e equipamentos para exercício do trabalho na comunidade aos agentes de saúde.

Após essa constatação e a determinação dos trabalhadores em se filiar ao Sind-Saúde/MG, foi eleita uma comissão de mobilização composta por cinco profissionais e definido pontos de pauta a serem registrados junto à Secretaria Municipal de Saúde e a Prefeitura.

Ficou claro que o Núcleo Regional do Sind-Saúde/Betim estará acompanhando as próximas ações deste novo núcleo que se inicia e propiciará aos demais municípios da região a fazerem suas adesões.

Esperamos que o Prefeito Eduardo Tairone Monteiro de Alcântara nos receba para abrir o dialogo e iniciar processo de negociação, pois um pouco antes de nossa reunião ele chamou os trabalhadores em sua sala para proferir uma série de ameaças, devido os mesmos terem iniciado o processo de adesão ao sindicato. Reafirmamos que esse é um direito constitucional.

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