Nova assembleia discute greve

Governo promete resposta às reivindicações no dia 24 de abril e servidores alertam para movimento grevista se proposta não for apresentada 

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Em assembleia dos trabalhadores da saúde realizada nesta terça (31) no Pátio da Assembleia Legislativa, a categoria deliberou greve por tempo indeterminado, caso o governo não apresente proposta para a saúde. A nova assembleia dos trabalhadores que avaliará a posição do governo será no dia 28 de abril, às 10 horas. Os trabalhadores reafirmaram a prioridade da redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, o reajuste salarial referente a data-base de 2014, a revisão do plano de carreiras e o pagamento do premio de produtividade. A promessa de gestão participativa, com inclusão dos trabalhadores, educação permanente e uma política de saúde do trabalhador também foram pontuados na assembleia da categoria.

A assembleia ocorreu um dia após reunião da direção do Sind-Saúde/MG com o governo. Na negociação, o governo apresentou um calendário de reuniões para debater os pontos gerais e específicos. Para as demandas gerais, a reunião que apresentará a proposta do governo será no dia 24, sexta-feira na Cidade Administrativa. Com base nos resultados dessa primeira rodada de negociações, a categoria irá avaliar o início do movimento grevista. Os trabalhadores relataram não suportar mais o descaso da carreira e enfatizaram os compromissos assumidos ainda em campanha eleitoral pelo atual governo.   

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Outro ponto discutido pelos trabalhadores durante a reunião foi a mudança de gestores locais. De acordo com os relatos, muitos cargos de direção nas unidades continuam nas mãos de quem conduzia as políticas na gestão anterior. Para os trabalhadores, esse é um sinal do continuísmo e não da mudança anunciada pelo governo atual. Os trabalhadores pediram o respeito do governo ao processo democrático e espontâneo que foi estabelecido pelos próprios servidores nas indicações de nomes. Esse formato participativo havia sido incentivado pelo governo logo que tomou posse e não está sendo cumprido.

Já na reunião do dia anterior, os representantes do governo admitiram a demora da substituição dos cargos, mas disseram que irão consultar a lista dos trabalhadores nas indicações.

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Reajuste e prêmio de produtividade

O Sind-Saúde afirmou ao governo que não pretende ficar apenas de olho no retrovisor, mas que não abre mão do direito adquirido e negado pelo último governo. O Sindicato denunciou a farsa da política remuneratória que acumulou três anos sem reajuste ao funcionalismo. O Sind-Saúde mantem a reivindicação de 6,59%, que repõe pelo menos a inflação do período, para a data-base de outubro de 2014 e cobra do governo um prazo para o pagamento do prêmio de produtividade referente à 2013.

30 horas e carreira

A direção do Sind-Saúde reafirmou que os trabalhadores da saúde não aguentam mais a pressão de jornadas excessivas no atendimento a vida da população e cobrou o cumprimento da jornada de 30 horas conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS). Minas Gerais é o único estado da região sudeste que não cumpre a jornada de trabalho de 30 horas semanais. A reivindicação é que o governo estadual faça a redução da jornada de trabalho sem redução salarial para todos os trabalhadores da saúde.

Em relação ao plano de carreira, o Sindicato afirmou que já existe um estudo aprofundado sobre a carreira, com as propostas de mudança, realizadas durante os últimos dois anos. Esse estudo foi entregue pelo Sind-Saúde na primeira reunião com o Secretário de Saúde, Fausto Pereira, no dia 03 de fevereiro.

Demandas específicas    

Os representantes dos servidores apresentaram também as pautas especificas que poderão ser negociadas em cada órgão e fundação. A isonomia de tratamento, a extensão de direitos como Giefs e auxílio-creche, dentre outros pontos deverão ser discutidos em reuniões com a gestão de cada órgão. Nestes itens específicos será discutido ainda a inclusão dos trabalhadores cedidos a outros órgãos que sempre foram abandonados pelo governo nas negociações.   

Oportunismo

O Sind-Saúde alerta os trabalhadores para o discurso fácil de associações que sempre fizeram o jogo do governo e tentam dividir a categoria. O Sindicato sinaliza que é preciso unificar a luta dos trabalhadores da saúde para pressionar o governo. Alertamos também para a prática ilegal de bater o ponto de entrada e saída, mas não permanecer no local de trabalho. Isso poderá penalizar os trabalhadores por abandono de função pública.  

Outras agendas

Além da negociação direta com o governo estadual, outras mobilizações irão acontecer em Minas Gerais para chamar a atenção da população e dos governantes sobre as necessidades dos trabalhadores da saúde. Na última semana de abril, a Assembleia Legislativa irá discutir a carreira dos servidores e a situação precária de trabalho nas unidades da saúde de Minas Gerais. Esses temas serão abordados em ciclos de debate, atividade que foi proposta pelos deputados após reunir com o Sindicato.

Já no dia 12 de maio o Sind-Saúde e demais entidades organizam o grande ato culminando na Marcha pelas 30 horas em Minas. A atividade acontece na Praça da Estação às 09 horas.

 

Acompanhe as datas das reuniões especificas que já foram agendadas:

10 de abril (sexta) – Hemominas

13 de abril (segunda)   – Fhemig

14 de abril (terça) – SES/MG  

24 de abril (sexta) – Reunião Geral para apresentação da proposta de governo 

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Deputado Dr. Jean participou da assembleia e apoiou a luta dos servidores da saúde

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Reunião com governo reuniu representantes da SES, Seplag, presidente da Funed, da Fhemig, da Hemominas e a diretora da ESP