Mesa de Negociação: Pagamento vale alimentação da rede Fhemig
Governo se reúne com lideranças e, apesar de avançar pouco nas propostas, anuncia pagamento de vale alimentação
Na tarde de sexta-feira (26) foi realizada a Mesa de Negociação com o governo e representantes do funcionalismo mineiro para discutir demandas urgentes que estão sendo solicitadas desde que o governo se disse aberto a apresentar propostas.
Cada entidade apresentou suas reivindicações, porém a situação singular a todos é a falta de propostas concretas por parte do governo que, reúne com as lideranças, mas não dá andamento as pautas apresentadas.
O principal ponto de discussão foi o reajuste no vale alimentação dos servidores públicos do estado. A expectativa era que passasse de R$15,00 (quinze reais) para R$25,00 (vinte e cinco reais) e, no entanto, o governo ofereceu apenas cinco reais de reajuste que para os sindicalistas não atende à necessidade do trabalhador. Com o aumento, o valor do vale alimentação passa a ser de R$ 20,00 (vinte reais). O Sind-Saúde não abre mão da manutenção da refeição nas unidades da Fhemig que foi conquistada há anos através de movimentos feitos pela categoria. Além disso, o Sind-Saúde solicita que o beneficio seja estendido a todos os trabalhadores, tendo estes a opção de se alimentar ou não na unidade. Nesse caso, haveria um desconto de R$ 2,00 (dois reais) a todos, ficando então o valor total de R$ 18,00 (dezoito reais) por dia trabalhado. Passa a valer na folha de Junho a ser pago na folha de Julho. A proposta foi aceita pelo governo.
Outro ponto comum levantado pelas lideranças, foi o plano de carreira a ser discutido para cada categoria. Os representantes sindicais alegaram que nem o diálogo para estipular os pontos das carreiras está sendo feito, já que algumas alterações esbarram na lei de responsabilidade fiscal, o que gera uma falta de credibilidade aos trabalhadores com o governo que parece ignorar a discussão e empurrar a situação com a barriga.
Mais um posicionamento dos sindicalistas foi a respeito de medidas voltadas para algumas categorias em detrimento as demais. A direção do Sind-Saúde defende que o governo deve se atentar ao tratamento isonômico.
Outra situação foi o caso do Ipsemg que vem sendo sucateado durante os governos e não está dando conta de suprir a demanda de atendimento.
A truculência policial, não só da união como do estado, também foi pautado na reunião e a situação do servidor atacado durante as manifestações em Brasília é uma radiografia do atrito atual entre polícia e movimentos sociais.
A direção do Sind-Saúde também alertou ao governo sobre a forma de conclusão do estágio probatório que vem acontecendo de modo errôneo na rede Fhemig, o que pode de maneira irreversível, prejudicar a vida funcional do trabalhador inclusive com exonerações. Portanto o sindicato solicitou que o caso dos servidores exonerados em estágio probatório seja revisto minuciosamente.
Também foi colocado pelo governo que haverá nomeação de trabalhadores no setor de segurança pública. O Sind-Saúde lembrou a necessidade da convocação imediata dos servidores da Secretaria Estadual de Saúde (SES) para composição de quadro deficitário da força de trabalho.
Foi solicitado pelo Sind-Saúde uma reunião em caráter emergencial com o Secretário de Estado de Saúde e o novo presidente da Fhemig para dar continuidade às negociações em pauta.