Manifestação contra o fechamento do Pronto Atendimento do Hospital Infantil João Paulo II (CGP)

Conselhos de Saúde, sindicatos e movimentos sociais denunciam que por trás da construção do novo Complexo Hospitalar Padre Eustáquio (HOPE) pelo governo estadual está o plano de fechar quatro hospitais: o Hospital Infantil João Paulo II (antigo CGP), Hospital Eduardo de Menezes, Maternidade Odete Valadares e o Hospital Alberto Cavalcanti, todos da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). O Sind-Saúde/MG, em conjunto com os usuários e demais entidades defensoras do SUS, convoca para manifestação em frente ao CGP no dia 18 de julho (sexta-feira) às 7h30.

A construção do Complexo de Saúde Hospital Padre Eustáquio – HOPE, anunciada em junho pelo governo Zema, é visto pela sociedade e especialistas em saúde como um ataque à saúde pública com o fechamento de importantes unidades de atendimento como o Hospital Infantil João Paulo II, a maternidade Odete Valadares e os hospitais Alberto Cavalcanti e Eduardo de Menezes. O déficit de leitos hospitalares do SUS na capital mineira é estimado em pelo menos 400, segundo especialistas. Por isso, o fechamento dos hospitais especializados não seria justificado. A principal crítica é que as filas de espera no SUS em Minas Gerais mostram que precisamos é aumentar o atendimento.

Na avaliação das entidades, está em curso o desmonte e a privatização da saúde pública de Minas Gerais. O início do projeto foi o Fechamento do Hospital Maria Amélia Lins – que desde janeiro está de portas fechadas devido ao processo de privatização praticado pelo governo de MG, que tem sobrecarregado o Hospital João XXIIII e levado ao adiamento de cirurgias ortopédicas de urgência na unidade.

Preocupa de modo especial a situação do Hospital Infantil João Paulo II, ou CGP, como também é conhecido, o único hospital gratuito totalmente dedicado ao atendimento infantil, inclusive com atendimento de Pronto-Socorro.