Greve dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias de Fortaleza completa 55 dias

Até hoje, 20 de março, foram cinqüenta e cinco dias de greve, protesto de repúdio e de descontentamento com os péssimos salários (salário mínimo) e as péssimas condições de trabalho dessa categoria
 

Essa foi à resposta dessa categoria para a gestão de Fortaleza pelo descaso, pelo o total descompromisso e pela falta de valorização desses profissionais que tanto se dedicam a sociedade fortalezense.
   
Em greve desde 27 de janeiro, esses trabalhadores num claro sinal de boa vontade e de disposição para negociar,  reduziram por  três vezes a proposta salarial inicial que era inicialmente de 33%, num primeiro momento reduzimos para 30%, depois reduzimos para 20% e hoje está em 16%. Mantivemos a mesma condução de negociação para a ajuda de custo, que se atrela ao salário e que inicialmente o pedido era de R$ 20,00 (vinte reais) por dia trabalhado para cada trabalhador. No entanto, por não haver entendimento, tivemos que reduzir na mesma proporção e números de vezes, da proposição do salário e assim, passamos de R$ 20,00, para R$ 18,00, depois diminuímos para R$ 15,00 e agora essa proposta se mantém em R$ 13,00 (treze reais).
      
Demonstração inequívoca desse sindicato e dessa categoria, ao deixar claro para quem interessar possa que estamos dispostos a negociar. No entanto a prefeitura de Fortaleza,  preferiu estabelecer o cabo-de-guerra e apostar no cansaço,  fraqueza e na desmobilização dos trabalhadores. ERRARAM E ERRARAM FEIO, POIS O MOVIMENTO A CADA DIA SE FORTALECEU MAIS E MAIS. Mesmo assim, em todo esse período de greve, essa truculenta gestão de Fortaleza, não ofereceu nenhuma proposta salarial decente ou qualquer outra proposta de melhorias de condições de trabalho para estes profissionais.
     
A prefeita de Fortaleza, Luiziane Lins(PT), a secretária da saúde Ana Maria Fontenele e o secretário da administração Vaumik Ribeiro, bem como outros assessores direto do gabinete da prefeita,  preferiram de maneira debochada e desdenhosa, oferecerem uma proposta de R$ 10,00 ! Isso mesmo, entenda não é 10%(dez por cento), é 10,00 ( dez reais) sobre o salário mínimo… Passando de R$ 622,00 para R$ 632,00 por mês para cada trabalhador(a). Conduzindo de maneira desrespeitosa e desumana um legítimo e bonito movimento classista, para um momento de litígio judicial (dissídio) como o que poderá acontecer agora.
     
Por mera vaidade e birra, a prefeita de Fortaleza, Luiziane Lins e seus secretários , se recusam a negociar com o sindicato e com a categoria, para que possamos chega a um consenso e juntos  construir uma nova proposta salarial para esses profissionais. Mesmo com a intervenção do Ministério Público, essa gestão ditatorial se mantém alheia aos reclames e gritos de socorro desses pais e mães de família, que só querem ser reconhecidos pelo relevante serviço que prestam a sociedade fortalezense. É muito triste e muito decepcionante que um governo que se auto-intitulam: governo dos trabalhadores, dispensem esse tipo de tratamento a esses profissionais. Nós da direção do Sinasce, só temos a lamentar.