Gratificação só para médicos?
Sind-Saúde cobra que governo inclua toda a categoria da saúde em Decreto sobre pagamento decorrente do enfrentamento à pandemia
Trecho do Decreto 47.914, de 10 de abril de 2020.
O governo de Minas publicou na última sexta-feira (10) a criação de uma gratificação extra para o enfrentamento do COVID-19, mas deixa de fora a grande maioria dos servidores da saúde que estão na batalha contra o novo coronavirus. No Decreto 47.914, o governador Zema atribui a Gratificação Temporária de Emergência em Saúde Pública (Gtesp) apenas a quem tem “graduação em medicina”. Ao estabelecer o valor somente aos médicos, o governo de Minas mais uma vez demonstra que desconhece a realidade da saúde pública e o trabalho de todos os profissionais da saúde. O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) enviou ofício ao governo solicitando a extensão da Gtesp para todos os trabalhadores da saúde, incluindo Unimontes e SAMU. No documento o Sindicato pede um retorno da gestão em 72 horas. Após esse prazo e dependendo da resposta encaminhada pelo governo, o Sind-Saúde irá convocar assembleias locais, observando as normas de segurança estipuladas pela Vigilância Sanitária, para deliberação da categoria.
Ainda no ofício, o Sindicato solicita o retorno do funcionamento do Hospital Galba Veloso Psiquiatria (HGV-P) e a reabertura do HGV-Ortopédico; o afastamento imediato, sem perdas de vencimento, dos trabalhadores da saúde que se incluem no grupo de risco de infecção para o novo coronavirus; fornecimento de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e a inclusão do Sind-Saúde no Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em saúde do COVID-19.
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Veja a íntegra do documento do Sind-Saúde enviado ao governo: