Governo insiste no impasse do Piso e professores decidem manter greve
Em um movimento histórico, a greve dos trabalhadores em educação que já dura mais de 75 dias está mostrando para a sociedade qual a verdadeira face desse governo tucano: investe pouco nos serviços essenciais e paga salários bem abaixo do que determina a lei. A greve, que agora tem o respaldo do acórdão do Superior Tribunal Federal (STF) que obriga os estados a pagarem o piso nacional aos professores, desmascara as propagandas e os discursos do governo de Minas, mostrando uma realidade de sucateamento e abandono do serviço público.
Nesta quarta-feira (24/08), cerca de 9 mil trabalhadores participaram da assembleia da categoria e decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A decisão veio após o governo apresentar propostas de melhorias na política salarial implementada em janeiro, mas sem prever o cumprimento da lei 11.738/08 que institui o piso. Esta quarta-feira também foi marcada pela publicação da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou obrigatório e definitivo o pagamento do piso nacional de R$1.187,97.
O sistema de subsídio criado pelo governo não é aceito pelo STF. Segundo o Tribunal, os benefícios e adicionais não podem ser levados em consideração na aplicação do piso.
Apoio dos servidores da saúde
O Sind-Saúde apóia a continuidade da greve dos educadores não só por saber que eles compõem uma categoria historicamente desvalorizada, mas também por perceber que essa luta por piso salarial e por respeito aos direitos é uma luta que se estende a todos os servidores públicos, inclusive aos da saúde.
Os servidores da saúde devem apoiar o movimento dos educadores, em nome de um serviço público mais digno em Minas Gerais. Aqueles que têm filhos em idade escolar devem compreender que esta luta dos professores é justa e pode melhorar em muito a qualidade das escolas públicas do Estado.
O Sind-Saúde reafirma sua solidariedade aos trabalhadores em greve e convoca a categoria da saúde e a comunidade para manifestar seu apoio. No dia 31 de agosto, a partir das 14hs na Assembleia Legislativa, o Sind-UTE irá realizar nova assembleia e propõe um novo grande ATO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO.