Falta tudo na Fhemig
Em audiência pública, Sindicato pede intervenção na gestão da Fundação
A precária situação da Fhemig foi novamente tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Falta gás de cozinha, alimentação e vale-transporte para os(as) trabalhadores(as). O Sind-Saúde/MG apresentou, durante a audiência que aconteceu na manhã desta terça-feira (05/07), denúncias de ausência de medicamentos, fechamento de 18 leitos e um comunicado que faltará leite em algumas unidades, como o Hospital João Paulo II. O presidente da Fhemig, Jorge Nahas, deixou muitos questionamentos sem resposta e foi duramente criticado pelos presentes.
Jorge Nahas admitiu a precariedade da estrutura da Fhemig e caracterizou a rede como “anacrônica, velha e superada”. Segundo ele, o desafio maior é decentralizar a gestão e empoderar as unidades para a tomada de decisão. O que para o Sind-Saúde na prática está longe de acontecer. A direção do Sindicato criticou a falta de dialogo para resolver desde problemas simples às dificuldades estruturais da gestão.
Sem abertura na Fhemig, o Sind-Saúde pediu intervenção do Ministério Público para a solução dos problemas. A gestão dos recursos também foi questionada durante a audiência. Segundo a diretora do Sindicato, Lúcia Barcelos, a má administração dos recursos tem sido gritante. O orçamento destinado ao custeio da administração central chega a ser o dobro de muitas unidades assistenciais.
O diretor Renato Barros chamou a atenção para o caos que pode se instalar no Brasil e em Minas Gerais com a perda de investimentos na saúde. Jorge Nahas reafirmou que a Fhemig vai se esforçar para manter todos os serviços funcionando, mas não deu soluções para o fechamento de leitos e a não realização de exames como acontece no Hospital Regional de Barbacena.
Já em relação as reivindicações da categoria, Jorge Nahas afirmou que será publicado recentemente portaria que padronizará o número necessário de profissionais em cada setor da Fhemig. Nahas garantiu que não irá diminuir o quantitativo de pessoal. Para o Sindicato, esse dimensionamento é o primeiro passo para as mudanças na carga horária de trabalho.
As perseguições à trabalhadores(as) e dirigentes sindicais foram mais uma vez denunciadas. Muitos ex-bolsistas das Colônias e familiares estiveram na audiência e também questionaram a relação com a gestão da Fhemig.
Trechos da audiência foram transmitidos ao vivo pela TV Assembleia e a integra da reunião irá ao ar no dia 21 de julho no canal da ALMG.