Diretoria do Sindicato reunida
Encontro de 3 dias fará o planejamento de lutas
A diretoria executiva do Sind-Saúde/MG e delegados sindicais estão reunidos para avaliar e planejar as ações da entidade. A abertura do encontro aconteceu na tarde desta quinta-feira (08/11) e debateu a conjuntura estadual e a política perversa do choque de gestão em Minas. Fizeram parte da primeira mesa de debate o presidente do Sindifisco, Lindolfo Fernandes e o secretário-geral da CUT Minas, Jairo Nogueira.
Lindolfo Fernandes apresentou os dados do Estado e buscou traduzir os termos burocráticos que o governo coloca para blindar o debate sobre as finanças do governo. “Essa discussão não é técnica. Ela é política”, alertou.
O presidente do Sindifisco desmistificou os dados que o governo estadual divulga, ora para fantasiar uma gestão competente, ora para negar valorização do funcionalismo estadual. Segundo Lindolfo, são duas falácias que o governo apresenta em suas publicidades. A primeira é do crescimento de Minas que teria o maior PIB do Brasil. Se avaliar um período maior – o governo “pincelou” o ano de 2009 – Minas está na verdade em 20º lugar no ranking nacional se considerar o período de 2002 a 2009.
A segunda falácia é que o governo saneou as contas do Estado. A dívida do Estado de Minas é de mais de R$70 bilhões. “Minas arrecada menos do que deve, é um Estado endividado com grandes problemas sociais”.
Benefícios fiscais
Lindolfo chamou atenção para os benefícios fiscais que o governo de Minas dá as empresas. “Existe uma sonegação legal para as empresas por sua vez não repassa nenhum beneficio para a população. É uma receita pública que o Estado abre mão e não tem nenhuma transparência”. Lindolfo Fernandes falou que denunciou ao Ministério Público empresas doadoras de campanhas eleitorais que logo após doações receberam benefícios fiscais.
Política Remuneratória
O presidente do Sindifisco falou também do arrocho salarial que o governo está fazendo com o funcionalismo. Lindolfo lembrou que o Sindifisco, Sind-UTE e Sind-Saúde apresentaram documento contrário a implementação da política remuneratória.
“Temos que lutar juntos por salário que é a única coisa irredutível. As gratificações foram as piores coisas que o choque de gestão fez com o trabalhador, porque é uma remuneração insegura que pode ser retirada a qualquer hora ”apontou Lindolfo.
Unidade dos trabalhadores
O secretario geral da CUT Minas, Jairo Nogueira, falou sobre a união dos trabalhadores. De acordo com ele, se os trabalhadores conseguirem apoio da classe trabalhadora como um todo a força é ampliada. O desafio é conseguir a solidariedade de todas as áreas do mundo do trabalho e repassar as informações entre os sindicatos.
Após a exposição dos convidados, os presentes fizeram uma rodada de debates. A reunião continua ainda na sexta-feira e sábado (09 e 10) e terá como pauta questões internas do Sindicato, avaliações das negociações com o governo e planejamento das ações.
Lindolfo Fernandes, presidente do Sindifisco
Jairo Nogueira, secretário-geral da CUT/MG