Deputados sobem reajuste da saúde para 24%
Com a mobilização dos trabalhadores da saúde e também de diversas categorias do funcionalismo, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou no final da tarde desta quarta-feira (30/03) o Projeto de Lei 3.568/22 que prevê reajuste para os servidores estaduais. Com novo texto, os servidores da saúde terão adicionados percentual de 14% somados ao proposto pela redação original, totalizando 24%. Agora, o PL segue para sansão do governador. A correção nos vencimentos do Executivo deve ser retroativa a 1º de janeiro deste ano para todas as categorias de servidores contempladas.
Com as galerias lotadas de servidores, a votação teve início às 14 horas. O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) comunicou ao governo e aos parlamentares que a categoria da saúde rechaçava o percentual de 10%. As perdas acumuladas de 10 anos sem reajustes é, no mínimo, três vezes mais do que o oferecido pelo governador Zema no último ano de mandato.
O projeto também constava um reajuste de R$ 45 para R$ 75 na ajuda de custo. O reajuste é extensível aos inativos e aos pensionistas com direito à paridade, aos servidores em cargos comissionados, com funções gratificadas ou gratificações de função, aos detentores de função pública, aos contratos temporários vigentes, aos convocados para as funções de magistério e aos valores de bolsas da Fundação Hospitalar do Estado (Fhemig).
As alterações também contemplaram as reivindicações das outras categorias mobilizadas. Os servidores da segurança tiveram o reajuste alterado para 24%, pagamento de auxílio social aos inativos e pensionistas da área e ampliação do abono-fardamento. Já a educação teve estabelecido o percentual de 33,24% para cumprimento do Piso Nacional do Magistério que até hoje não é pago no Estado.
O resultado das mudanças legislativas do projeto mostra que a luta é fundamental para conquistar direitos. O Sind-Saúde parabeniza os trabalhadores que não desistiram de correr atrás do mínimo que o governo deve. O reconhecimento à atuação dos profissionais da saúde no combate à pandemia foi a justificativa dos parlamentares para mudar o percentual original. O Sindicato reforça para os trabalhadores da saúde mantenham a mobilização, já que o governador deu declarações à imprensa negando um reajuste maior.
Com informações da ALMG