Conferência de Saúde rejeita privatização do SUS e aprova jornada de 30 horas

As duas principais reivindicações debatidas pelos participantes da 14ª Conferência Nacional de Saúde foram o fim da terceirização da gestão da saúde pública e universalização da redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais para todos os cargos da saúde. Ambos os pontos, inclusive, são amplamente defendidos pelo Sind-Saúde em Minas Gerais.

O evento, realizado entre os dias 30 de novembro e 04 de dezembro em Brasília, reuniu mais de 3 mil gestores, trabalhadores, militantes e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). As propostas advindas das conferências municipais e estaduais foram divididas em 15 diretrizes que tratam, entre outras coisas, sobre acesso com qualidade, modelo de gestão, participação social e construção de políticas públicas em saúde. Os delegados, divididos nos 17 grupos de trabalhos, analisaram e votaram as propostas. Espera-se que as mais de 350 propostas aprovadas na etapa final da Conferência sejam aprovadas nas instâncias municipais, estaduais e federal.

Os participantes rejeitaram as Organizações Sociais e quaisquer outras modalidades de transferência da gestão das unidades do SUS, pois as privatizações sempre acabam precarizando o trabalho e o serviço. Além disso, também foi rejeitado o novo imposto para a saúde e foi aprovada a proposta de universalização da redução da jornada para 30 horas semanais na saúde, que inclusive já são realidade para algumas categorias e, no caso de Minas, serão para algumas instituições de saúde. 

Minas Gerais
A delegação de Minas Gerais contou com cerca de 250 delegados, entre eles dois diretores do Sind-Saúde, que são também conselheiros estaduais de saúde e levaram as reivindicações dos servidores do estado.


Com informações da Agência Brasil