Barbacena também é Sind-Saúde
Trabalhadores da saúde de Barbacena confirmam Sind-Saúde como representante
Reunidos em Assembleia de Ratificação e Desassociação, os trabalhadores da saúde de Barbacena, confirmaram, por unanimidade, o Sind-Saúde como seu legítimo representante. A assembleia foi realizada no sábado, 10/09, no Auditório do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (Fhemig).
Antes de a Assembleia ser realizada, os trabalhadores já indicavam a legitimidade do Sind-Saúde para representá-los ao se associarem em peso. Em menos de um mês, 150 trabalhadores do Samu se filiaram ao Sind-Saúde.
Durante a assembleia, vários servidores aproveitaram para tirar dúvidas sobre seus direitos. Os trabalhadores do Samu relataram os problemas que eles vêm passando e para os quais estão buscando a ação do Sindicato.
“Estávamos jogados sem representação”, adianta o condutor socorrista, Fabiano Martes do Carmo. _ Precisamos de um adicional de insalubridade, como os médicos já têm (para o trabalho de 12 horas ininterruptas) ou então que trabalhemos apenas seis horas diárias, prossegue.
Conforme o socorrista, embora seja contratado como condutor, sua função principal, de motorista do Samu, é exercida com frequência em apenas metade da jornada mensal de trabalho. “Costumam ser oito plantões como condutor e oito como operador de áudio. Ou então oito plantões como condutor e quatro como operador de áudio.
A lei assegura que operadores de áudio, como os profissionais de telemarketing, por exemplo, não ultrapassem a jornada de seis horas diárias. A jornada de 12 horas com o fone no ouvido atinge condutores socorristas, técnicos de enfermagem e também os médicos do Samu de Barbacena.
Presente na assembleia, o médico Rômulo Bertolaccini, também do Samu, listou os principais riscos que médicos e trabalhadores socorristas em Barbacena estão sujeitos durante a jornada de 12horas. “O primeiro é o trabalho operacional na rua com risco ergonômico e exposição a acidentes no trajeto. O segundo tipo de risco é a pressão decorrente de ter de tomar decisões de emergência com recursos aquém da demanda. E o terceiro é de saúde ocupacional. Estamos exercendo atividade de telemarketing ao ficar 12 horas diretas com o fone no ouvido fazendo atendimento de saúde”, explica.
Ainda segundo o médico, os trabalhadores do Samu são sobrecarregados com o stress de lidar direto com os problemas da população. Segundo Rômulo, os socorristas estão no serviço para prestar orientação à população e mandar o socorro indicado para cada situação. “Se o caso é de urgência, disponibilizo ambulância, se é mais crítica, mando UTI móvel. Mas muita gente xinga porque queria apenas um meio de transporte”, desabafa.
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