Audiência reforça campanha contra a terceirização do HMAL
Administração Pública vai debater ainda, na próxima terça (1º/4), a política de serviços de saúde adotada pela Fhemig e pelo governo.
Como parte da resistência à terceirização do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), a Comissão de Administração Pública da Assembleia Leigislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência na próxima terça-feira (1º/4/25).
Solicitada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), a reunião está marcada para as 16 horas, no Auditório do andar SE do Palácio da Inconfidência, sede do Poder Legislativo mineiro. A campanha contra a privatização do hospital faz parte da luta da oposição para barrar o avanço do que eles classificam como “modelo privatista defendido pelo Governo de Minas”.
O objetivo da deputada é debater a política de prestação dos serviços públicos de saúde adotada pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), especialmente quanto à gestão e funcionamento do HMAL, e seus impactos para o atendimento à população.
O evento dá sequência a outros realizados pelo Legislativo mineiro em defesa desse hospital situado na Capital. Na última semana, a Comissão de Direitos Humanos promoveu visita e audiência sobre o mesmo assunto.
A comissão foi até o Hospital Pronto Socorro (HPS) João XXIII, para verificar o impacto da transferência para essa unidade dos atendimentos antes realizados no Amélia Lins. Já na audiência pública, parlamentares da oposição apontaram as intenções do governo como privatistas e prejudiciais para a saúde pública.
Deputada fala em impugnação do edital
Diante disso, anunciaram que manterão a pressão contra a política de terceirização promovida pelo Governo do Estado. Beatriz Cerqueira divulgou que, além da audiência da próxima terça (1º/4), haverá outra promovida pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social.
Já a deputada Bella Gonçalves (Psol) frisou que o Amélia Lins vinha funcionando como retaguarda do João XXIII há décadas e, após a visita, considerou que vigora neste último “um cenário criminoso de desassistência à saúde”.
Por sua vez, o deputado Lucas Lasmar (Rede) afirmou que foram transferidas 200 cirurgias mensais para o João XXIII, sem a correspondente ampliação de anestesistas. Também se mostrou preocupado com a idoneidade de empresa interessada na terceirização.
A deputada Andréia de Jesus e o deputado Betão, ambos do PT, também criticaram as intenções do governo, que seriam “privatistas e prejudiciais para a saúde pública”.
Antes de ser fechado no fim de 2024, o HMAL atuava como retaguarda do HPS, recebendo pacientes já estabilizados depois de cirurgias no João XXIII e que precisavam de continuidade no tratamento ou até novas cirurgias ortopédicas.
À época do fechamento do Amélia Lins, foi divulgado que ele seria reaberto tão logo fosse comprado um novo equipamento imprescindível às cirurgias, que havia sido danificado. No entanto, no início de março deste ano, o governo anunciou a terceirização do hospital, com o lançamento de edital.
Para a audiência pública da próxima terça (inicialmente marcada para o dia 26/3, mas que teve a data alterada), foram convidados: os secretários de Estado de Governo, Marcelo Aro; de Saúde, Fábio Baccheretti; além das presidentes da Fhemig, Renata Ferreira Dias, e do Conselho Estadual de Saúde, Lourdes Machado.
Fonte: ALMG