Ato unificado pelo Dia Internacional do Trabalhador ocupa a Praça Sete

Centrais sindicais e movimentos sociais encerram III Encontro dos Movimentos Sociais com a manifestação

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As centrais sindicais e os movimentos sociais ocuparam a Praça Sete por mais de três horas, entre a manhã e o início da tarde desta segunda-feira (2), no Ato Público pelo Dia Internacional do Trabalhador. A manifestação marcou o encerramento do III Encontro Estadual dos Movimentos Sociais, que teve como tema “Minas não quer choque, quer terra, trabalho e educação” e o fim da jornada de lutas do MST, que começou no último dia 25 de abril com o acampamento na Assembleia Legislativa.  Durante o ato, centenas de pessoas bloquearam os quarteirões da Praça Sete.

  

“A Central Única dos Trabalhadores dialoga com os movimentos sociais e está de pleno acordo com agenda proposta pelo III Encontro dos Movimentos Sociais. Somos contra as práticas abusivas do governo do Estado, que com a terceirização, como mostra o Sindieletro, mutila os trabalhadores em acidentes do trabalho, mas também mutila os servidores em seus direitos, em seu exercício de cidadania. A CUT está com os movimentos sociais, como o MST e o MAB em suas jornadas de lutas”, disse o secretário-geral da CUT/MG, Carlos Magno de Freitas, durante o ato. De acordo com Carlos Magno, “a pauta das centrais que dialoga com o povo no Estado, que tem no momento a terceira economia do país e cujo PIB cresceu mais que o do Brasil, é a criação do piso estadual salarial”.

 

   “O transtorno maior do que vemos no trânsito neste dia é o consumo abusivo de agrotóxicos neste país. O governo permite o bombardeio de veneno nas plantações. Queremos alimentos limpos. Por ano, cada brasileiro consome 5 litros de agrotóxicos ao se alimentar. Exigimos qualidade de vida no campo e na cidade”, protestou o deputado federal Padre João (PT).

 

   O III Encontro dos Movimentos Sociais foi desenvolvido em quatro eixos: “Mundo do Trabalho”, “Questão Agrária em Minas Gerais”, “Tarifas Públicas” e “Modelo de Mineração e Exploração dos Bens Naturais”. A organização do encontro, movimentos populares, sindicais e estudantis de Minas Gerais reforçaram a contrariedade ao modelo de “choque de gestão” no governo mineiro, liderado pelo PSDB. As forças populares alegam necessidade de mais participação e democracia nas políticas públicas. Documento publicado pelo grupo denuncia “o projeto político do governo de Minas, que privilegia o lucro das grandes empresas e reprime os trabalhadores e trabalhadoras, que exigem seus direitos básicos, como moradia, melhores condições de trabalho e ensino público de qualidade”.

 

Fonte: CUT Minas