Unificados trabalhadores manifestam contra acidentes e doenças do trabalho
No dia mundial em memória as vítimas de acidentes de trabalho (28) a Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, foi o palco de mais uma grande manifestação de entidades sindicais e de movimentos sociais. Centenas de trabalhadores do MST, MAB, da Via Campesina, saúde, metalúrgicos, rodoviários, eletricitários e de muitos outros setores de trabalho junto com as centrais sindicais (CUT, Conlutas, NCST, CTB) unificaram neste dia que também é um momento de reflexão no que diz respeito à saúde e a segurança dos trabalhadores nos locais de ofício.
No campo e na cidade eles são penalizados, muitas vezes com a vida, devido às péssimas condições de trabalho e o descaso de governos e empresários para esta questão. “A Cemig que tem o título de a melhor geradora de energia do Brasil por falta de condições de trabalho permite o assassinato a cada 45 dias de um trabalhador” disse Tomaz de Jesus representante da Central Única dos Trabalhadores.
Na saúde há constantemente denúncias de trabalhadores que adquirem doenças contagiosas, como HIV e Hepatite C, e até de óbitos advindos de doenças e também de acidentes no trabalho. A enfermeira aposentada, Ubiraciara Penna, sofreu um acidente de trânsito há 6 anos enquanto trabalhava. Hoje ela, que caminha com auxílio de uma bengala, teve de entrar duas vezes com processo na justiça e ainda aguarda a punição para o responsável.
Os manifestantes caminharam até o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para entregar um manifesto que registra todo tipo de denúncia, protesto e indignação contra os desmandos da Previdência Social. Nesta sexta-feira (29) uma Audiência Pública na ALMG discutiu o tema A saúde do trabalhador em Minas Gerais.
Veja algumas fotos da manifestação desta quinta-feira