Coronavirus na Fhemig

Fundação Hospitalar de Minas Gerais dificulta liberação de trabalhadores do grupo de risco ao COVID-19

Reunião Fhemig Coronavirus


Para preparar o atendimento aos casos do novo coronavírus nas unidades da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), a gestão divulgou orientação sobre o afastamento dos trabalhadores considerados grupo de risco e para os possíveis teletrabalhos. O fato é que a medida dificulta o afastamento imediato dos servidores do chamado grupo de risco do COVID-19. Com a burocracia e a falta de informação inclusive dos recursos humanos das unidades hospitalares, o trabalhador acaba não conseguindo a liberação e trabalhando sob alto risco. O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) esteve na Fhemig na última sexta-feira (20) para tratar do assunto.

O Sindicato também contesta a liberação vinculada a folga compensatória para os casos em que o serviço pode ser descontinuado. A diretora do Sind-Saúde Neuza Freitas critica a retirada de direitos dos trabalhadores e afirma que a orientação da Fhemig contraria o decreto do governador. “O documento da Fhemig condiciona também outros direitos como férias regulamentares, férias prêmio, reposição de dias que é impossível na área assistencial, contrariando inclusive o decreto do governador. Isso é grave, é criminoso”, denuncia Neuza.

O Sind-Saúde questiona ainda a falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI). Papel toalha, mascaras (principalmente a N95 extremamente necessária para procedimentos invasivos), álcool gel e avental são os materiais mais em falta nas unidades. Já as máscaras comuns que tem média de durabilidade de 2 horas estão sendo entregue aos trabalhadores para o uso de 4 a 6 horas, um risco enorme a saúde. Muitos servidores alegam não ter acesso aos equipamentos e estão sendo expostos a contaminação e aumento da transmissão da doença.

O governador Romeu Zema admitiu na imprensa a falta de EPIs para servidores da saúde. Sem prever uma medida para a falta do equipamento, o governo coloca em risco a saúde dos trabalhadores. O Sindicato foi informado que hoje não tem quem forneça os EPIs.