Reunião com a presidência
Fhemig volta atrás sobre retirada da alimentação de trabalhadores
Após comunicado feito pela chefia de gabinete da presidência da Fundação de retirar a alimentação no local de trabalho dos servidores da Administração Central (ADC), afirmando ainda ter sido uma decisão da Secretaria Estadual de Saúde, o Sind-Saúde solicitou com urgência reunião com o presidente da Fhemig.
A reunião que foi realizada na manhã desta terça-feira, 22, para cobrar respostas sobre a informação dada pelo chefe de gabinete na última sexta-feira, contou com a presença do presidente Fábio Baccheretti, que explicou do que se tratava de fato.
A diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde, Neuza Freitas, recebeu com espanto a notícia e questionou o presidente em reunião. “Foi uma decisão unilateral que causou espanto, estamos acostumados a dialogar sempre, não aceitamos esse tipo de tratamento por parte da Fundação”, disparou.
O sindicato entrou em contato com a SES que por sua vez, alegou não ter tomado nenhuma decisão e que não tem informação do fato.
A ajuda de custo foi fruto de uma luta conjunta do sindicato junto aos trabalhadores, e que publicada em resolução tem prazo para sua manutenção até 31 de dezembro. Vale ainda lembrar que existe um valor que é descontado de cada servidor, que corresponde a alimentação oferecida no local de trabalho a todos os trabalhadores da Fundação, independente de qual unidade.
Com base na reunião, presidência envia documento com Sindicato pactuando processo de discussão
Questionado pela falta de diálogo nas pautas de interesses dos servidores, que muitas vezes ficam sem respostas por parte da Fundação e sobre esse comunicado absurdo, o presidente Fábio alegou falta de tempo e acumulo de tarefas. “Estamos fazendo um planejamento estratégico da Fhemig, o que acaba tomando muito tempo, no entanto, minha equipe é muito alinhada e está legitimada a fazer comunicados de nossas decisões”, disse.
O presidente ainda, esclareceu o fato, alegando que não tem nenhuma decisão de interromper a ajuda de custo de alimentação, mas que por falta de orçamento estuda acabar com o restaurante da ADC e também corte de 80% dos cargos da Central. Segundo ele, a ADC é um órgão puramente administrativo e a Fhemig tem seu o próprio orçamento. Acrescentou ainda que essa é uma decisão interna da Fhemig, não tendo nenhuma decisão da SES.
Para os diretores do sindicato, o direito de alimentação é para todos os trabalhadores da ADC. Entendendo a necessidade de controle de gastos, Neuza rebateu, “somos a favor do controle, mas não tem que ser penalizando os trabalhadores. Na Fhemig tratamos todos como trabalhadores da saúde, o direito é para todos. Se é falta de recurso, que haja outra forma, os servidores não podem ser sacrificados”, disparou a diretora.
Este é um momento delicado de cortes e reajustes, onde o mundo passa por grandes turbulências políticas e econômicas, que tem interferido também no Brasil. O corte em direitos básicos como alimentação dos trabalhadores, da maior rede hospitalar da América Latina, resultará em vários outros impactos para Minas Gerais.
A proposta do sindicato é que se faça reunião com o governo, e que se preciso chame o parlamento a fazer essa discussão, mas que nenhuma decisão seja tomada de forma unilateral até que seja discutido na Mesa SUS a resolução que só tem prazo de vencimento 31 de dezembro. E que seja oficializado ao sindicato esta decisão.
O presidente afirmou que irá reavaliar e que posteriormente aprofundará na discussão na Mesa SUS, mas tornou a insistir que falta orçamento na Fhemig, e que é preciso cortar em algum lugar para que não falte no imprescindível. Neuza rebateu dizendo que se tem que haver cortes que seja nos cargos comissionados, inclusive no gabinete do próprio presidente, pois acredita ter pessoas demais em um espaço tão pequeno.
Em Assembleia Geral dos trabalhadores da saúde nesta segunda-feira, 21, foi aprovado estado de greve, a categoria definiu que fará nova assembleia no dia 04 de novembro com paralisação para decidir se entram em greve no Estado. Durante esse prazo, os trabalhadores aprovaram estado de greve, um alerta ao governo que a saúde poderá entrar em movimento grevista a qualquer momento.
Outras pautas reivindicadas:
Reivindicação Colônia Santa Isabel
Em mais uma cobrança da reunião do presidente da Colônia com trabalhadores e comunidade, foi anunciado desta vez, que será agendada para novembro.
Portarias Galba Veloso e Raul Soares
Foi cobrada a participação dos representantes dos trabalhadores que foram eleitos em assembleia. Pois está havendo reuniões sem a participação dos mesmos para discussão dos Hospitais Galba Veloso e Raul Soares, segundo informações do Sindicato.