Servidores aderem em peso ao primeiro dia de paralisação da saúde
Várias unidades hospitalares operaram nesta quarta em escala mínima, atendendo apenas casos de urgência e emergência. Na quinta (10), a paralisação continua, e irá culminar em um ato unificado na Assembleia Legislativa com os servidores da educação e da Polícia Civil.
Trabalhadores e trabalhadoras da saúde pública de Minas Gerais iniciaram nesta quarta-feira (09) uma paralisação de 48 horas para reivindicar que o governo pague o que prometeu e respeite os direitos dos servidores e os acordos de greve. Durante toda a manhã, trabalhadores da Fhemig, Hemominas, Secretaria de Saúde e Funed se concentraram na porta do Hospital João XXIII e em seguida saíram em passeata pela região hospitalar até a finalização do ato na porta da Administração da Fhemig.
As principais reivindicações dos trabalhadores da saúde são o reajuste de 5% – que o governo prometeu durante a greve para outubro e não cumpriu -, o pagamento do prêmio de produtividade – que deveria ter sido pago em setembro -, a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, a reestruturação do plano de carreira e melhores condições de trabalho.
A servidora da Maternidade Odete Valadares, Elisângela Maria ressaltou a insatisfação dos servidores, que cumprem com os seus deveres, mas não têm seus direitos respeitados. “O caos é geral, não é só o salário”, disse Elisângela. O diretor do Sind-Saúde, Reginaldo Tomáz reafirmou a posição dos trabalhadores da saúde de rejeitar a perversa proposta de política remuneratória que o governo encaminhou para o Legislativo. “Vincular o reajuste de 5% com essa política remuneratória nós não aceitamos, pois a proposta vem institucionalizar o arrocho salarial”, disse Tomáz durante sua fala no carro de som.
Continuidade
Dando prosseguimento à paralisação, nesta quinta-feira (10) os servidores novamente se concentrarão pela manhã na porta do Hospital João XXIII e de lá seguirão no início da tarde para a Assembleia Legislativa, onde se juntarão aos servidores da educação e da Polícia Civil em um grande ato unificado contra as ingerências do governo de Minas.
A paciente Edina Maria Carvalho, da Serra da Moeda, apoia as reivindicações dos servidores
Servidores da Maternidade Odete Valadares estão insatisfeitos com os desrespeitos e aderiram à paralisação
O diretor do Sind-Saúde, Reginal Tomáz fala no carro de som
Servidores saíram em passeata pela região hospitalar aos gritos de “A saúde está na rua, Anastasia a culpa é sua!”
Ato foi finalizado na porta da Administração da Fhemig