Assembleia dos Trabalhadores da Saúde ,11/01
Trabalhadores da saúde encerram movimento paredista e iniciam estado de greve
Em assembleia geral na manhã desta quinta-feira (11/01) em frente à Fundação Hemominas, os trabalhadores do sistema estadual de saúde (SES, Fhemig, Funed, Hemominas, ESP e Unimontes) deliberaram pelo fim da greve que estava suspensa desde dia 22 de dezembro.
Servidores e servidoras também votaram pelo início estado de greve e nova assembleia geral no dia 19 de fevereiro. A decisão pelo início do estado de greve se deve a forma com que os servidores da saúde vinham sendo tratados pelos representantes do governo nas mesas de negociação, onde absolutamente nada avançava. Para dar fim aos impasses, o Sind-Saúde solicitou que as novas rodadas de negociação fossem acompanhadas pela Secretaria de Governo (SeGov). Recentemente já ocorreram duas reuniões neste formato, sendo acompanhado pelo secretário-adjunto Francisco Eduardo Moreira. Nestas reuniões, alguns encaminhados foram dados, no que tirou a pauta do ostracismo.
Entre os pontos de avanço, o reajuste do vale-alimentação na Unimontes e a constituição da comissão que irá preparar o calendário de implementação da redução da jornada de trabalho sem redução salarial.
O governo reafirmou o posicionamento do reajuste do vale alimentação dos trabalhadores do Sistema Estadual de Saúde, fato este anunciado pelo governo desde setembro de 2017. O governo assumiu o compromisso de concluir até o final de janeiro e publicar a resolução que regulamenta a situação dos AUGAS no estado com o pagamento em folha no mês de março.
Outro ponto tratado foi a nomeação dos concursados da SES, sendo apresentado a informação pela Superintendência de Recursos Humanos da SES, que foi feita a solicitação do pedido de nomeação e levado a lista de cargos vagos à Câmara de Orçamento e Finanças (COF), tanto de cargos de nível superior e nível médio.
Reunião do dia 9 com o governo foi repassada aos trabalhadores da saúde na Assembleia
Outro ponto debatido foi a situação da Colônia Santa Izabel em Betim. Foi denunciado à gestão da Fhemig e ao representante do governo no mês de agosto várias irregularidades na unidade. No entanto, nenhuma providencia foi tomada. Além de a situação prevalecer, os(as) trabalhadores(as) tem sido ostensivamente perseguidos. Foi determinado pelo secretário-adjunto o acompanhamento pela Corregedoria Geral do Estado e pelo próprio secretário de Governo, além de determinar que a presidência da Fhemig se reúna com os trabalhadores, ex-bolsistas, além da comunidade para ouvir e encaminhar as demandas apresentadas sem a presença da gestão local da unidade.
Mesmo o começo de uma sinalização mais positiva, os trabalhadores estão insatisfeitos com a forma que o governo tem tratado a categoria, sobretudo, no atraso e parcelamento dos salários e do 13º. Por isso, o clima entre os trabalhadores e trabalhadoras ainda é de indignação.
Ficou aprovado também pela categoria o início de assembleis setoriais organizativas que cominará com o dia da assembleia geral, 19 de fevereiro. Durante a assembleia, foi denunciado a perseguição ostensiva aos dirigentes sindicais do Sind-Saúde por parte dos gestores da Fhemig chegando ao ponto de manter cortes de salários das lideranças em qualquer participação em atividades de representação do trabalhador, inclusive em presenças na Mesa SUS.
Ao comunicar o governo sobre as deliberações da Assembleia, o Sindicato solicitou o agendamento da reunião em caráter emergencial para assinatura do acordo coletivo, a não punição e abono dos dias parados para os trabalhadores do Sistema Estadual de Saúde e Unimontes.
O Sind-Saúde convoca a categoria para manter a mobilização como uma onda de pressão no governo. Até o dia 19 de fevereiro, uma série de reuniões está agendadas para continuidade das negociações. Só a organização dos trabalhadores dará força nessa reta final de um governo que não apresentou nada de concreto para a saúde.