Cobranças de encaminhamentos
Sem resposta concreta, Reunião da MesaSUS peca por não ter representantes do gabinete da SES
Depois da última reunião da Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS (Mesa-SUS) ter sido suspensa pelas entidades sindicais devido a ausência do governo do Estado, nesta segunda-feira (19/06) uma nova reunião foi realizada para cumprir a pauta de discussão, agora com gestores presentes. O Sind-Saúde/MG mantém a critica a falta de resultibilidade da Mesa que há tempos deixou de ser acompanhada pelo primeiro escalão que detém a tomada de decisão. Com pontos de pauta acumulam, o Sindicato solicitou que os itens principais e mais urgentes fossem eleitos a fim de buscar efetividade na discussão.
Veja abaixo os itens discutidos:
ESP sem direção
O primeiro ponto de pauta se referiu as inúmeras dificuldades que a Escola de Saúde Pública (ESP-MG) enfrenta sem a nomeação da nova diretora. Os problemas se acumulam despois do pedido de exoneração da antiga diretora no dia 20 de maio e os servidores temem pelo funcionamento da Escola. A falta de diretoria compromete pagamentos básicos como água, luz e telefone. O governo afirmou que ainda hoje dará respostas ao Sindicato, depois de consultar a Câmara de Orçamento e Finanças (COF), a Secretaria de Governo (Segov), a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG).
Ponto facultativo
O Sindicato voltou a criticar a Portaria 12.93/2017 da Fhemig/Sepag que trata do ponto facultativo. O Sind-Saúde/MG relatou que os trabalhadores foram mal informados sobre o último feriado e muitos alegam que não sabem como serão remunerados. O retorno sobre este ponto será dado nesta terça-feira (20) durante reunião da entidade sindical com o novo presidente da Fhemig.
Impasse no ambulatório do HJK
O Sind-Saúde criticou duramente o absurdo da situação vivida no ambulatório do Hospital Julia Kubitscheck (HJK). Após a reforma no local, o setor atendimento está pronto, mas um desacordo entre a construtora e a gestão impede o funcionamento. Usuários estão tendo atendimentos de forma precária em local inapropriado. Sind-Saúde alega que não faz sentido um espaço público ficar retido, independente do motivo.
Liberdade sindical
Para garantir a liberdade da organização dos trabalhadores da saúde, o Sindicato exige do governo uma resolução que disponha sobre as atividades sindicais. O Sindicato alega que na Mesa SUS o protocolo existente fala apenas da liberação para atividades da Mesa. O Sind-Saúde acredita que o impedimento de exercer atividades sindicais cerceia a categoria de organização para buscar a valorização da carreira no SUS. Além da liberação de diretores sindicais, foi apontado problemas na codificação do ponto para as atividades sindicais para aqueles servidores que não são liberados. O assunto voltará a ser discutido nas próximas reuniões.
Servidores na Hemominas são cobrados a devolver valores
A representação dos trabalhadores na Hemominas criticou a forma como a gestão procede em casos de erros de pagamento. As ações, realizadas pela própria gestão, estão sendo revistas e muitos trabalhadores alegam que são cobrados a devolver valores somados, que chegam a quantias altas. Entre as situações mais difíceis relatadas, estão a cobrança aos trabalhadores de valores altos no momento de efetivar a aposentadoria.
Nomeação de servidores concursados
Mais uma vez, o Sindicato cobrou do governo a imediata nomeação dos servidores concursados com tratamento isonômico entre os órgãos da saúde. A gestão respondeu que só poderá nomear servidores em casos de vacância por motivos de óbito, e de aposentadoria no cargo correspondente.
Vale alimentação
Sem debater com os trabalhadores, o governo pretende mudar a forma de pagamento do vale-alimentação. A mudança poderá prejudicar diversos trabalhadores, como é o caso da SES. Se efetivar o pagamento no contracheque ao invés do cartão magnético como é feito hoje, os(as) trabalhadores(as) da SES alegam que terão prejuízo de 30 dias de atraso mais os 12 que o governo atrasa no salário. O Sindicato aproveitou a oportunidade para cobrar isonomia de tratamento com os servidores da Secretaria da Fazenda que hoje recebem o maior valor diário no Estado.
Atendimento de urgência e emergência na CAMG
O único posto médico na Cidade Administrativa (CAMG), que já não era o ideal, foi fechado e os servidores estão preocupados com possíveis necessidades. Durante a reunião foi relatado um episódio recente de um servidor que passou mal durante o trabalho e teve dificuldade de ser atendido. Ao ser chamado, o SAMU afirmou não poderia atender aquela circunscrição e os servidores que acompanhavam o trabalhador que passava mal, desesperados, tiveram que leva-lo as pressas ao Hospital Risoleta Neves. Outra situação citada é de uma servidora grávida que precisa acompanhar os níveis de pressão regularmente e precisou adquirir o aparelho, pois não tinha acesso ao equipamento na CAMG. O Sindicato alertou para a falta de uma unidade de urgência e emergência em um local, que tem um número grande de trabalhadores e pessoas que circulam por lá.