Trabalhadores da Funed rejeitam lei da mordaça e decidem entrar em greve a partir desta quarta
Em assembleia realizada nesta terça-feira (26), os trabalhadores da Fundação Ezequiel Dias (Funed) rejeitaram a proposta do governo e decidiram aderir à greve da saúde estadual a partir desta quarta (27). Na proposta do governo, a criação de uma gratificação complementar para os trabalhadores da Funed, a mudança nas cotas de GIEFS por escolaridade e a mudança no referencial da insalubridade foram condicionadas ao compromisso de não promover paralisação e não reivindicar novas negociações que gerem impacto financeiro até o final de 2014.
Os trabalhadores ainda não receberam proposta de reajuste salarial e de plano de carreira, mas, enquanto solução paliativa, concordaram com as propostas de ajustes nas gratificações e nos direitos. Porém, não aceitaram de forma alguma dois pontos do termo de acordo, que dizem:
– “Continuidade das discussões do Plano de Carreiras no âmbito da mesa do SUS desde que as alterações propostas não resultem em impacto financeiro” e
– “Os servidores da Funed firmam com o Governo o compromisso de não promover nenhuma paralisação de atividades até o final de 2014. Comprometem-se, ainda, a não reivindicar novas rodadas de negociações com temas relativos à remuneração e às carreiras que causem impacto nas contas do Estado no mesmo período salvo a concessão de reajustes gerais no âmbito da política remuneratória”.
Por causa sobretudo desses pontos, que são uma interferência do governo no direito do trabalhador de paralisar e reivindicar direitos, os servidores da Funed entram com força total na greve da saúde a partir desta quarta, e irão participar da assembleia geral da categoria, que está marcada para as 10 horas também desta quarta.
Lei da mordaça
O item da proposta que diz que o Sindicato não pode fazer reivindicações até 2014 também está presente na proposta apresentada para a Fhemig, que inclusive uma associação está divulgando como se fosse a melhor proposta do mundo.
O Sind-Saúde de forma alguma irá uma condição dessa, que cala os trabalhadores.