Prefeituras de Betim e Ibirité atacam direitos dos trabalhadores
Sem diálogo, as prefeituras tomam medidas que estão custando muito caro aos trabalhadores e trabalhadoras dos municípios.
Esse mês, os trabalhadores de Betim e Ibirité estão sendo surpreendidos com as ações dos governos municipais. Na última quinta-feira, 12/11, a Prefeitura de Betim divulgou um decreto alterando a data de pagamento dos vencimentos dos servidores, passando do dia 30 para o 5º dia útil do mês. A justificativa? “Agravamento do quadro econômico”. Mais uma vez, o poder público quer que o trabalhador pague a conta desta crise. Além disso, o vale transporte foi liberado dez dias depois do início do mês. Segundo o Sind-Saúde, os trabalhadores poderiam não ter condições de bancar o trajeto até o trabalho. O que era um direito parece ter se tornado uma obrigação.
Em Ibirité, os trabalhadores também iriam receber dia 30, como de costume, e foram surpreendidos. Mas no caso deles, não houve qualquer tipo de comunicado. A Prefeitura, de uma forma arbitrária, alterou a data de pagamento também para o 5º dia útil, sem se preocupar com a realidade desses trabalhadores, com o compromisso e a organização de suas vidas pessoais. O transporte também acabou se tornando um problema, já que o benefício referente a esse direito é pago junto ao vencimento. Outra medida adotada pelo governo de Ibirité neste mês é a retirada das progressões do salário dos servidores, para ser pago à parte. Mais uma ação que representa retrocesso. Muitos trabalhadores agora recebem menos que um salário mínimo em folha, o que é inconstitucional. Ainda no município de Ibirité, os trabalhadores em estágio probatório denunciam que a avaliação de desempenho tem sido utilizada de forma tendenciosa pela gestão. Muitos foram mal avaliados sem saber os motivos e transferidos para outras unidades. É importante lembrar que os servidores têm direito a solicitar uma avaliação e que seja realizada de forma transparente.
Já os servidores de Betim reclamam da mudança de horário do centro administrativo do município. Mais uma ação que não leva em consideração a realidade dos trabalhadores, que em muitos casos, possuem outro vínculo empregatício.
O Sind-Saúde ressalta que todas as medidas adotadas por ambas as Prefeituras atropelaram os direitos já garantidos dos trabalhadores(as) e não houve qualquer tentativa de construir um diálogo com os servidores.