Governo enrola 30 horas
Greve na Fhemig continua e terça (12) terá protestos em BH
Em negociação com os servidores da saúde de Minas Gerais, o governo estadual diz que irá cumprir a principal reivindicação da categoria que é a redução da jornada de trabalho com a manutenção dos salários, mas se recusa a assinar documento que comprove o acordo. Esse é o impasse que mantem os trabalhadores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemg) em greve. A reivindicação é histórica dos trabalhadores da saúde, estados como Rio de Janeiro e São Paulo já cumprem a determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de jornada máxima de 30 horas semanais para os profissionais da área e o então candidato ao governo mineiro Fernando Pimentel entregou carta aos servidores da saúde com esse compromisso na época da eleição. A greve chega nesta terça-feira (12) no nono dia.
Para esta terça-feira (12/05) entidades ligadas à saúde como Conselho Regional de Enfermagem (COREN), Conselho Regional de Serviço Social (CRESS), Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) e demais entidades sindicais convocam para a Marcha Estadual pela Redução da Jornada sem Redução Salarial. A manifestação terá inicio às 09 horas com concentração na Praça da Estação e deverá seguir em passeata pelo centro de Belo Horizonte. Os grevistas da Fhemig estarão presentes no protesto e com o recuo do governo a escala mínima volta a ser de 30% nos plantões.
Veja aqui o vídeo que trabalhadores da saúde gravaram para chamar atenção para a Marcha Estadual Pela Redução da Jornada de Trabalho:
Na parte da tarde, uma nova reunião entre o Sind-Saúde/MG e governo estadual está prevista para acontecer às 16 horas na Assembleia Legislativa (ALMG). Os servidores também farão protesto no local e manterão vigília para aguardar a resposta do governo.
Servidores da saúde fizeram vigília durante reunião de negociação na Cidade Admistrativa e protestaram contra posição do governo
Greve em Betim
Os servidores municipais da saúde em Betim também iniciam greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (12). A decisão da categoria foi definida na última quarta-feira (06/05) após a prefeitura colocar em votação na Câmara Municipal projeto de lei que retira direitos adquiridos da categoria. Os trabalhadores comparam a proposta do governo que altera o Instituto de Previdência com o projeto apresentado no Paraná que deu origem às manifestações dos professores repercutida nacionalmente.
Veja agenda de mobilização para esta terça-feira (12) em Belo Horizonte: